Desde o começo do mês, o Google encampa uma campanha de desmoralização do Bing, acusando a Microsoft de copiar seus resultados de pesquisa, numa acirrada disputa por participação de mercado. A empresa nega ter feito algo errado e defende a engenharia de seu buscador, cuja versão foi atualizada recentemente. Em post publicado em sua página oficial, inclusive no Brasil, um dos porta-vozes do Google, Amit Singhal, afirma que a prática desleal foi identificada em 2010, através da checagem de vários resultados entre os dois buscadores.
Especialista em direito e tecnologia da informação, Alexandre Atheniense acompanha a discussão e diz que, embora a briga tenha mote no conteúdo, o direito digital protege a invenção e as inovações tecnológicas. Assim, o Google pode levar o tema aos tribunais não por uso de seus dados, mas sim de seus algoritmos. “No direito americano, diferente do brasileiro, é possível patentear métodos de pesquisa, fruto de horas de desenvolvimento”.
Vice-presidente do Bing, Harry Shum divulgou nota na última quarta-feira (2) explicando que sua equipe utiliza mais de mil sinais e ferramentas diferentes no ranking de algoritmos, parte deles proveniente de clientes que compartilham anonimamente dados de empresas, pesquisas, pessoas e termos, uma prática comum na web.
por Perla Rossetti