A pesquisa do Google não é mais a mesma. A empresa refinou e modificou seu mecanismo de social search, incluindo os resultados citados e compartilhados pelos usuários e os próprios perfis desses usuários no Google+, aparentemente para aumentar a relevância e os acessos de sua rede social própria. Segundo o blog oficial da companhia, a alteração quer “trazer seu mundo, rico de pessoas e informação” para a lista de resultados.
“A busca ainda está vinculada a um grande universo de páginas públicas, na maioria das vezes por pessoas que você nunca conheceu. Já é fascinante conseguir encontrar a agulha no palheiro, mas isso não é o suficiente. Você também precisa encontrar dados seus, de amigos e de pessoas que deveria conhecer, com a mesma ferramenta de pesquisa”, afirmou o site na nota de lançamento da nova plataforma, que até o momento só está disponível na versão em inglês.
As principais novidades da faceta “social” do site – que pode ser desativada – podem ser divididas em três alterações e, na maior parte delas, é necessário estar logado com a Google Account (Gmail, Google+, Orkut, YouTube, etc). A primeira delas é a iserção de resultados pessoais nas buscas, adicionando informações compartilhadas por seus contatos para você, o que torna cada lista de pesquisa personalizada para cada usuário.
Outra modificação foi a adição de perfis do Google+ durante a busca, nos resultados e no “autocompletar”, que funciona quando se procura por pessoas. Por exemplo: ao digitar o nome de um amigo (ou de um famoso), o perfil do pesquisado irá aparecer entre os resultados. A terceira modificação foi a adição de perfis recomendados ao lado da lista de pesquisa, relacionados ao termo buscado ou área de interesse. Na postagem de anúncio da nova ferramenta, o Google ainda deu a entender que mais alterações virão.
Twitter reclama
As modificações no Google geraram protestos por parte do Twitter, que antes era privilegiado pelo site de buscas. Como a empresa agora volta os olhos para a sua própria rede social, o Google+, e “rebaixa” os tweets a resultados comuns, o microblog expressou seu descontentamento por ser relegada para o segundo plano por meio de comunicado oficial. “Frequentemente, as pessoas querem saber mais sobre eventos mundiais e últimas notícias. O Twitter surgiu como uma fonte vital desta informação em tempo real, com mais de 100 milhões de usuários e 250 milhões de tweets todos os dias, sobre todos os assuntos. Estamos preocupados que as mudanças do Google farão com que achar informações seja muito mais difícil para todos. Achamos que isso é ruim para pessoas, portais, organizações jornalísticas e usuários do Twitter”, afirmou a empresa de Biz Stone e Jack Dorsey na nota.
Entretanto, o próprio Google rebateu no ato a colocação, por meio de seu perfil no Google +. “Estamos um pouco surpresos com os comentários do Twitter, uma vez que foram eles que não aceitaram renovar nosso acordo no último verão”, informou o site, postando um link com a notícia do fim do contrato em julho de 2011 do Google Realtime, que durou um ano e nove meses e pesquisava entre tweets, além de feeds e outros updates.
por Felipe Collins Figueiredo