Governo federal prevê gastar mais de R$ 1 bilhão em 2009

Os gastos do governo federal com publicidade devem ultrapassar R$ 1 bilhão em 2009, incluindo orçamentos de estatais e ministérios. Na Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), responsável pelas campanhas institucionais do poder público, o crescimento da verba é de 10%, alcançando R$ 191 milhões – em 2008 o valor foi de R$ 139 milhões.

Além da recomposição da verba em relação a 2007, quando houve corte de10% pelo Congresso Nacional para o ano seguinte, o dinheiro extra será empenhado no trabalho de relações públicas que será desenvolvido pela CDN para recuperação da imagem do Brasil no exterior, cuja verba é deR$ 15 milhões. Outra iniciativa de destaque será a reformulação dos portais do governo. O processo de licitação para escolha de agência digital está em curso, com a classificação técnica em primeiro lugar da AgênciaClick, seguida pela TV1 e CDN. O contrato é de R$ 11 milhões.

Também em praticamente todos os ministérios houve aumento do orçamento de publicidade. Após gestões junto ao Congresso, o Ministério das Cidades conseguiu aprovar uma das maiores verbas este ano. O valor estimado é de R$ 122,9 milhões, dos quais R$ 120 milhões serão destinados ao Funset (Fundo Nacional de Segurança e Educação deTrânsito) para campanhas educativas. Em 2008, o orçamento do mesmo ministério foi de R$ 33,6 milhões. No início do ano, o ministério recebeu proposta de 37 agências para participar de processo delicitação. A verba será dividida entre três agências.

Empenhado na divulgação do PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação), o Ministério da Educação (MEC) gastará 10 milhões a mais com publicidade – o orçamento passou de R$ 18,5 milhões para 28,8 milhões em 2009. A Link é a agência do MEC. Focado na prevenção da dengue, com mais campanhas durante o ano e não somente às vésperas das chuvas, o Ministério da Saúde, entre outras campanhas de vacinação e educativas, gastará quase R$ 15 milhões a mais com publicidade este ano. O orçamento pulou de R$ 100,2 milhões para R$ 115 milhões.

Empresas

Já a verba de publicidade do Banco do Brasil para este ano, dividida entre Arplan e Master, é a mesma de 2008: R$ 200 milhões. Na Caixa Econômica Federal, o valor é de R$ 260 milhões. O banco é atendido pela Fischer América, NovaS/B e Borghierh/Lowe, que venceram a licitação no segundo semestre do ano passado. A exceção é a Petrobras (empresa de capital misto), que cortou R$ 70 milhões do orçamento de publicidade e gastará 35% a menos do que no ano anterior, cerca de R$ 200 milhões. O corte seria reflexo da crise econômica. O anunciante é atendido pelas agências Heads, F/Nazca e Quê Comunicação, que demitiu no final do ano passado 11 funcionários.

por Kelly Dores