Governo teme problema com hotéis no Rio durante a Copa

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, demonstrou-se preocupado com a oferta de hotéis no Rio de Janeiro durante a Copa do Mundo de 2014, problema que não deve ser encontrado nas demais cidades-sedes do evento – que deve atrair cerca de 600 mil turistas estrangeiros. “Não temos preocupações com acomodação no geral, mas há casos como o do Rio, que se transformou em um problema”, disse ele durante seminário sobre a Copa, realizado hoje na capital paulista pelo jornal Brasil Econômico.

Para o governo federal, o principal problema no Rio é o aumento insustentável de preços da rede hoteleira, como o que está ocorrendo para a Rio+20, que acontece em junho. Na última semana, o Parlamento Europeu declarou que havia cancelado a sua participação na conferência das Nações Unidas “devido ao custo exorbitante da hospedagem”, cuja conta poderia chegar a 100 mil euros para a delegação de 100 pessoas. Na quinta-feira (10), a presidente Dilma Roussef pediu que o ministério do Turismo ajude a negociar a diminuição de preços em pelo menos 20%. 

Com os olhares do mundo voltados para o país, o governo teme que o mesmo problema ocorra. “Não vai faltar hotel durante a Copa, mas temos apreensão com o Rio, onde estará o centro de mídia, a central da Fifa e é naturalmente o maior polo receptor de turistas”, afirmou Suzana Dieckmann, coordenadora do Ministério do Turismo para a Copa das Confederações e para a Copa 2014.

Além dos 600 mil estrangeiros que devem visitar o Brasil, o ministério estima que 3,1 milhões de brasileiros devam viajar pelo país durante o evento.

Infraestrutura

Rebelo garantiu que as obras “marcham dentro do cronograma previsto” e que problemas de mobilidade e telecomunicações serão sanados até o mundial. “É um gargalo”, reconheceu, acrescentando que o foco de investimentos está na ampliação da banda larga e na chegada do 4G. “O Brasil já fez coisas mais importantes que a Copa e estamos dentro do planejamento. Mas não significa que está tudo pronto”.