Grand Prix de Innovation "traduz" sons para surdos

Pessoas com determinadas deficiência, muitas vezes, possuem dificuldades que não são percebidas pelas outras. Alguns fatores podem até causar a morte. Por exemplo, se o filho de um surdo cai do berço durante a noite, como ele pode identificar tal barulho? O Grand Prix da categoria Innovation do Cannes Lions premiou uma ideia que, de maneira inteligente, promete mudar tal realidade.

“Quando julgamos os cases de inovação, tivemos apresentações ao vivo das pessoas envolvidas. Isso foi importante para este case. Vimos as pessoas por trás do projeto”, diz TanBill Yom, presidente do júri, diretor de criação global da Cheil Worldwide. O profissional menciona a participação de Spencer Montan, cofundador da empresa para quem o case foi desenvolvido, a Wavio. Montan é surdo e quase morreu diversas vezes em sua casa apenas porque não conseguia ouvir determiandos sons. O trabalho é assinado pela Area 23, empresa da rede FCB Health.

Entre os brasileiros finalistas, a Lew’Lara/TBWA venceu uma prata com o case #BrailleBricksforAll para a Fundação Dorina Nowill para Cegos. Para Marcelo Tripoli, VP de Marketing Digital da McKinsey na América Latina, o time do Felipe Luchi fez um trabalho “incrível” e poderia, até mesmo, ter faturado o GP. “Talvez, não foi mais longe na categoria por não poder ser um case de Grand Prix, pela regra de Cannes que um case de caridade não pode ser GP, ao ver a dinâmica da votação, acho que isso, de repente, fez com que o case não avançasse mais”, revelou.

Em 2018, o Brasil também venceu um Leão, à época, de bronze.

Veja o Grand Prix:
https://www.youtube.com/embed/ghFFSogaP1Q