Jornalistas, artistas, cartunistas, fotógrafos e designers de peso lançam amanhã (15), no Rio de Janeiro, uma publicação que reflete de forma crítica e bem-humorada o cenário brasileiro em todos os seus aspectos. A revista “M…” conta com uma linguagem jovem e discute temas ligados à política, cultura, economia e comportamento. A publicação circulará primeiro na capital Fluminense e, a partir de março, poderá ser vista também pelo público paulistano, quando passará a ser vendida mensalmente. A grande estrela da primeira edição de “M…” é Clodovil Hernandez, que aparece sentado em uma das privadas de sua casa de Ubatuba, logo na capa. Críticas a Lula, Daniella Cicarelli, Luciana Gimenez, Ulysses Guimarães, Duda Mendonça, à mídia e ao Congresso e até uma denúncia de roubo de votos estão entre as preciosidades faladas pelo recém-eleito deputado federal por São Paulo. “A revista “M…” é um espaço para que os colaboradores escrevam com a liberdade que não teriam em outro lugar e para que os leitores leiam esse conteúdo sem restrições, tendo em mãos um material gráfico que as outras revistas não possuem”, resume o publicitário e redator Silvio Lach, um dos pais do projeto, ao lado dos jornalistas Fernando de Castro e Ulisses Mattos. Essa mesma liberdade editorial é estendida aos anunciantes. Segundo Lach, o objetivo é que a “M…” também seja um espaço para a veiculação de anúncios criativos, onde o publicitário possa dar asas à sua imaginação. A inspiração fica por conta do formato fora dos padrões (20x23cm) e da direção de arte de Marco Ponce, que na primeira edição conta com a colaboração de designers de renome como Ricardo Leite e Caco Galhardo. A idéia é convidar a cada número novos expoentes do design gráfico para assinar páginas isoladas da “M…”. O título sugestivo se explicita sem pudores nos nomes das seções: Post-Shits, As Solitárias, Experiência pós-M…, Emme Awards, Bom Ar (sobre ecologia), Eu Faço Merda, No Ventilador, Comédia da Vida na Privada, No Matinho, Emissários (cartas dos leitores), Vai para o Trono ou não Vai, Barreira (sobre futebol) e Caderno nº 2, um minisuplemento cultural que falará de música (M…PB), cinema (35MM), literatura (Bost-Seller), TV (M…TV) e teatro (Merda Pra Você). Nomes como o do diretor Jorge Espírito Santo, os atores Ingrid Guimarães e Fernando Caruso (que não escreverão sobre teatro), o músico Gabriel O Pensador (que não discorrerá sobre o rap) e o ombusdman Marcelo Rubens Paiva fazem parte do corpo editorial. Quando sair da gráfica, a revista será distribuída por camelôs, estudantes, mendigos, todos vestidos com uma camisa com o seguinte slogan “Eu tô na merda”. Ao todo serão distribuídos 30 mil exemplares no Rio de Janeiro.