H.A.M.nyc quer trazer mais valor para o áudio na publicidade

“Não pode a música ter tanta importância na comunicação da sociedade e representar, quando muito, de 8% a 10%, no orçamento de uma campanha. Tem alguma coisa errada”, afirma Hebert Mota, sócio de Max de Castro e Álvaro Alencar na H.A.M.nyc, que foi lançada em Nova York, no ano passado, e chegou a São Paulo em março deste ano, fazendo um caminho diferente do usual.

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Os sócios da H.A.M.nyc Hebert Mota, Álvaro Alencar e Max de Castro querem mudar os paradigmas da produção de áudio no país

A produtora de áudio chega ao Brasil depois de seis meses de existência nos Estados Unidos. “Tem aquela máxima que afirma que quem vence em Nova York vence em qualquer lugar do mundo. Eu costumo dizer que quem vence no Brasil vence em qualquer lugar do mundo. Porque uma coisa é ter acesso à informação e agir, ou não, conhecendo o jogo. E quando você não sabe, como acontece aqui? Como eu faço para descobrir o que você precisa e não o que você quer? Essa é a chavinha que eu preciso virar”, explica Mota.

O empresário tem um objetivo ousado: mudar os paradigmas do mercado nacional, valorizando a produção de áudio na publicidade. “Não somos nem uma produtora nem uma agência. Somos uma empresa de construção sonora. Eu entrego aquilo que eles precisam, mas não sou nada do que eles veem por aí”, diz.

Para Mota, que começou sua carreira como rodie de banda e sempre esteve envolvido com o show business, iniciar o negócio no exterior foi positivo, já que o movimento o fez entender as peculiaridades do mercado e traçar o plano do que quer fazer no Brasil. “Se você me perguntar qual é o business de produtora de áudio no Brasil, eu respondo: não existe. O que eu quero é que as empresas falem ‘nós tivemos a honra de trabalhar com Max de Castro’. Eu quero que a agência fale: ‘eu preciso dele’. Eu não sei quem eu sou neste mar, mas eu não sou igual a eles”, afirma, referindo-se aos outros players do mercado.

Os sócios decidiram manter o nome H.A.M.nyc, que traz a abreviação da expressão em inglês (nada educada) “hard as a motherfucker”, que pode ser traduzida como “duro como um fdp”, e também faz referência ao nome da cidade norte-americana (nyc). “Nosso outro sócio (Álvaro Alencar) é do mercado financeiro. Então, tenho uma pessoa que é como o CFO da empresa mesmo; tem um louco, que sai articulando e fazendo, que sou eu; e tem Max de Castro, que faz tudo isso ter sentido, eu vendo o que ele faz. É uma equalização muito bacana”, conta Mota. “É um trabalho de equipe mesmo, cada um faz sua parte”, concorda Castro. A produtora ainda conta com Kiki Eisenbraun como diretora de atendimento.

O resultado do trabalho deles já vem aparecendo aqui no Brasil. Cerca de três meses depois de aportar em São Paulo, a H.A.M.nyc comemora a conquista de um Leão de prata em Rádio, no Festival de Cannes, com o case School Zone Radio, criado pela Africa para Suzuki. O trabalho da produtora também pode ser visto na campanha Hoje tem frango, com Alex Atala, da WMcCann e da Sunset para Seara.