TakeOff apresenta 10 diretrizes práticas definidas por CMOs
Evento realizado pela Hands.ag reuniu 13 CMOs das principais marcas do mercado para discutir as principais inovações e provocações do SXSW 2024
O TakeOff, evento idealizado e comandado por Marcelo Lenhard, CEO da Hands.ag, reuniu os principais CMOs que participaram da última edição do South by Southwest (SXSW), o maior festival de inovação do mundo. Divididos em três painéis, ‘Tech’, ‘Ecosystem’ e’ Human’, os executivos trocaram insights, experiências e debateram sobre como lidar com os desconfortos e incertezas trazidas por esse novo cenário da tecnologia, como a IA generativa, e como isso pode impactar diretamente a indústria da comunicação.
O evento foi realizado no último dia 27, no Teatro B32, em São Paulo. Entre os debatedores estavam nomes como Sérgio Valente (CMO global JBS), Beatrice Jordão (diretora de branding Heineken), Igor Puga (vice-presidente do Enjoei), Ana Moises (diretora da área de Soluções de Marketing do LinkedIn Latam) e Felipe Cerchiari (diretor de global premium brands da Ambev), entre outros.
"Indo para eventos como o Cannes Lions, Web Summit, e principalmente o SXSW, é super comum voltar com a sensação de que não vimos tudo que gostaríamos, e que, mesmo sobre o que vimos, não é tão simples concatenar conclusões concretas e objetivas. Nos propusemos então a construir uma plataforma que, mais do que apenas buscar insights e tendências, saísse do óbvio de Downloads e Reports, encarando a responsabilidade de gerar fatos concretos. É daí que nasce o TakeOff.
Um encontro de CMO´s de grandes marcas que estiveram no SXSW, trazem pro debate os assuntos mais relevantes do SXSW 2024, e com um propósito maior: OUSAR definir Dez diretrizes práticas para compartilhar com o nosso mercado", afirma Marcelo Lenhard, CEO da Hands.ag, idealizador do evento.
As 10 diretrizes definidas pelos painéis do TakeOff foram:
1- Combinatividade: a combinação entre arte e ciência é o que vai fazer a diferença na solução de problemas e criação de inovações. É preciso investir tempo em novos conhecimentos e desenvolver novas culturas que criem pontes entre tecnologia e pessoas.
2- Era de transição e desconforto: daqui para frente estaremos sempre vivendo uma era de transição constante e acelerada, com novas tecnologias influenciando novos comportamentos. O desconforto com o novo e o imprevisível será a tônica. É preciso aprender a usá-lo como uma alavanca de transformação.
3- Teste, teste e teste: sim, sabemos que a inteligência artificial está no centro das transformações. Mas muitas vezes pessoas e empresas ainda estão no lugar de espectadores esperando ver aonde isso vai parar. É preciso atitude, um mergulho diário em diferentes ferramentas de IA para começar a entender o funcionamento, a usabilidade, a interação máquina homem e conseguir avançar para extrair o melhor dessas ferramentas. Deve existir uma agenda da liderança com todo o time para testar constantemente diferentes ferramentas no dia a dia. Se antes trazíamos startups e agentes para cocriar com empresas, hoje esse papel pode ser feito com a IA de forma mais rápida e menos burocrática.
4- Senso crítico: saber fazer as perguntas certas, discutir e conectar pontos. Perguntas certas nascem de um lugar mais profundo do que querer saber as respostas de imediato. O ser humano tem a capacidade de quebrar regras e fazer conexões sem sentido lógico. Isso ainda é o que diferencia as pessoas da inteligência artificial.
5- Colaboração: colaborar, dialogar e compartilhar conhecimento com toda a cadeia de atuação. O discurso da colaboração entre empresas precisa existir na prática. Ainda temos o discurso, mas vivemos na competitividade. A soma de forças e esforços traz ganhos para toda a humanidade. É preciso integrar objetivos coletivos para resolver desafios de problemas sociais e ambientais. Isso só será feito com colaboração e diálogo. Estamos realmente pensando no que o mundo precisa?
6- O futuro que queremos: como construímos no dia a dia o futuro desejado? Estamos colocando propósitos corporativos reais a favor do futuro da humanidade ou ainda temos um discurso de marca disfarçado de propósito? Não podemos deixar o futuro ser levado por qualquer pauta. É necessário um exercício constante das organizações para entender o seu papel no futuro do planeta.
7- Resiliência e compaixão: a resiliência é uma escolha diária e deve ser praticada pela compaixão. Compaixão com 3Cs: Coragem para lidar com o novo. Curiosidade para entender o que está acontecendo com o outro, aprender e evoluir. Conexão vem de um esforço para se conectar com o outro.
8- Criativos generalistas: o futuro do trabalho será dos criativos generalistas. Não é sobre profissionais de criação, é sobre a criatividade da humanidade produzindo mais criatividade. O especialista foca em uma coisa e passa por anos de estudo para se aprimorar nela. Para toda especialidade, a inteligência artificial irá entregar cada vez mais e melhor. Quem tiver diferentes áreas de interesse e habilidades vai conseguir expandir suas capacidades com a inteligência artificial. O criativo generalista é capaz de atuar em diferentes áreas e se adaptar a diferentes cenários nas transformações que vivemos e as que iremos viver.
9- Lado humano: a inteligência artificial nos libera tempo precioso para sermos mais humanos. Mas, antes, precisamos resgatar nossas origens. O ser humano passa por uma crise, uma atualização de software. Estamos imersos em nossos celulares sem nos conectar com nós mesmos nem com as pessoas à nossa frente na mesa de bar. Existe uma clara desatenção do humano para o humano. Praticar a presença onde estamos, dar atenção e querer viver aquilo com vontade.
10- Cultivar a escuta ativa: a escuta ativa é essencial para a comunicação eficaz e para a construção de relacionamentos. As lideranças devem incentivar a escuta ativa entre seus colaboradores e clientes.