Horizontal e multidisciplinar

Um novo modelo de agência, com estrutura horizontal e multidisciplinar, mais tecnológica, que possa trabalhar em parceria com os clientes para chegar a soluções de comunicação que extrapolem a propaganda tradicional é a nova proposta da LDC. A agência, que chega à maioridade ao completar 21 anos em 2016, sob o comando de Guga Ketzer, quer abrir novos caminhos para gerar novas receitas. “Olhamos para os clientes com possibilidade de parcerias e negócios, não só em produzir conteúdo que vai à mídia. Estamos nos preparando para isso, reestruturando a agência, nos colocando mais como equipes que trabalham, do que departamentos. Na prática é, ao invés de pegar e separar o trabalho que normalmente entra pelo atendimento, vai à mídia, planejamento e criação, ter equipes multidisciplinares que vão atacar o problema e não equipes sentadas por departamentos. Posso juntar num job atendimento, planejamento, mídia, criação, um arquiteto,  sociólogo ou psicólogo para desenvolver a ideia”, diz Guga, sócio-presidente da LDC. “A busca será por desenvolver um conceito forte, seguido de execução.”

Para tanto, a agência deve divulgar um novo modelo de atuação nos próximos meses. “Ainda não definimos nomes, vamos apresentar em breve uma estrutura bem diferente. Estamos primeiro testando para depois divulgar. O que posso adiantar é que nos inspiramos em empresas de tecnologia e inovação, em que toda e qualquer ideia primeiro é desenvolvida e depois prototipada”, explica Guga.

Já no próprio processo que é feito por pessoas e expertises diferentes. A ideia é otimizar talentos, onde e como performam melhor. “Certa vez uma executiva de RH de uma grande empresa de tecnologia, uma das mais desejadas para se trabalhar, nos contou que existem apenas cinco níveis hierárquicos que vai do estagiário ao CEO, na companhia. Poxa, às vezes temos isso só no atendimento. Será que estamos sendo atraentes para estas pessoas? Porque tu só sobe (sic) na vertical. Será que não tem que ter, por exemplo, dentro do atendimento um cara mais focado em marketing no desenvolvimento de novos negócios, investindo em especialização para que as pessoas tenham a liberdade de criar o seu próprio espaço baseado no talento delas, não em uma regra para subir?”. Por exemplo, a LDC tem um head de social mídia, mas também uma head de estratégia de conteúdo que prepara o material que vai para social mídia, mas não o cria. “Estão surgindo coisas específicas que estão, inclusive, gerando agências específicas. Isso significa que tenho que ter gente com esse mesmo espelhamento”, pondera.

No atendimento da LDC já existe um profissional que é mais “interno” e outro “externo”, um que é mais operação e outro marketing. “Antes colocávamos tudo dentro da mesma caixa, os clientes estão pedindo novas expertises e as pessoas, por outro lado, querendo ser valorizadas pelos seus talentos”.  Outro exemplo é um profissional de usabilidade, que em outros tempos poderia estar em produção, atualmente senta junto com a criação, mas não responde para o diretor de criação, ele ajuda a desenvolver a melhor experiência on-line. “Não dá mais para uma agência generalizar. Temos até desenvolvedor que escreve códigos, é um redator”. Os 15 profissionais que vieram da extinta Pereira & O’Dell São Paulo, na incorporação pela LDC em março, corroboram a visão. “Trouxe talento e expertise, principalmente porque a equipe do Márcio (Callage) já nasceu mais contemporânea, de entender que uma agência não é tão vertical. Tem quem vai ajudar a ‘espetar’ quem já estava aqui. Fora isso, o próprio Márcio é um cara que começou na criação, foi para o cliente e depois empreender uma agência”, explica Guga. “O mais importante da Pereira, além de novas contas, é o perfil dos profissionais que, somados aos nossos, nos faz crescer na qualidade de trabalho, são de diversas formações, a agência melhorou muito do ponto de vista qualitativo. Time bom é heterogêneo”, acrescenta Daniel Chalfon, sócio e VP de mídia. As contas oriundas da Pereira & O’Dell são Olympikus, Azaleia, UFC e Uber.

Neste mês a agência ganhou ainda a conta da Laureate Brasil, integrante da rede global líder em ensino superior Laureate International Universities, para o atendimento das quatro instituições de ensino da rede em São Paulo (Universidade Anhembi Morumbi, BSP – Business School São Paulo e Complexo Educacional FMU | FIAM-FAAM). Mesmo com as conquistas, a projeção é que o crescimento seja igual ou levemente superior a 2015, que também teve desempenho parecido com o ano anterior. A LDC ocupa atualmente a 17ª posição no ranking de investimento publicitário em compra de mídia, com R$ 494.499 milhões nos quatro primeiros meses do ano. Encerrou 2015 na mesma posição, com R$ 1.517.335 bilhão aportado, segundo a Kantar Ibope Media, que considera os valores de tabela cheia, sem descontos. “O ano já seria duro para nós, pois começa com a saída do fundador. Agora o desafio é repensar a agência para manter o alcançado até aqui e nos diferenciar nos próximos anos”, diz Guga.

 Uma das estratégias adotadas é o fim do “briefing estático”, com a utilização de ferramentas que permitem um briefing vivo do início ao fim do processo, com colaboração de clientes e os profissionais da agência. Outra novidade foi a implementação de uma ferramenta capaz de gerir todo o volume de informação produzido no dia a dia da agência. “Precisamos entrar um pouco mais no mundo da consultoria. Temos mais de 200 cabeças aqui. Muitas vezes pensamos apenas a serviço do cliente e precisamos pensar a serviço da agência também, gerando conteúdo a si própria”, afirma Guga. De acordo com ele, se discute pouco o erro, enfatizando os acertos, dificilmente as agências possuem os históricos de todo o ocorrido, de quais foram os aprendizados, tanto para o bem como para o mal. “Porque muitas vezes a informação da agência acaba se espalhando, as pessoas saem e se perde tudo. Mas a nossa ferramenta consegue criar um belo histórico que fica dentro de um só lugar. Temos aprendido com empresas de tecnologia que qualquer startup errou muito antes de acertar. E não temos isso na comunicação, nós queremos estimular a cultura do ‘sim erramos, vamos aprender com cada erro’. É uma questão de gestão mais contemporânea, de expor as fragilidades para conseguir crescer. Cultura de conhecimento para lidar com a informação dentro da agência. Quantas concorrências já fizemos num setor e muitas vezes esquecemos, partimos do zero na próxima, esquecendo-se de tudo que já foi trabalhado?”.

Há ainda o estímulo a cultura do “por que não”? No sentido de questionar o status quo. “O que nos fez dar esse direcionamento é o fato de termos muitos clientes com níveis de estrutura de comunicação muito mais ricos que as agências, de modo que temos de correr atrás para ter o diálogo no mesmo nível. Quero entregar inteligência e não apenas peças de comunicação. Ser remunerado e ter participação disso, uma sociedade, como um grande parceiro intelectual da marca. Esse é um bom momento para discussão, para todos saírem ganhando. Tem alguns clientes que já estamos trabalhando com remuneração diferenciada, mas estamos pensando em diversas maneiras de remuneração, não precisamos ter um só, podemos abrir vários pontos de remuneração diferentes, será por relevância.”

“As agências, de modo geral, estão no modelo de fonte de receita ligada à mídia, queremos manter isso, mas buscar novos modelos de receitas. Não busco novas formas de remuneração, mas de receitas. Não estou aqui para discutir como ganho dinheiro, mas como ganhar novo dinheiro. Isso tem a ver com a maneira como estamos nos estruturando, tudo está interligado”, ressalta Chalfon.

Segundo ele, a LDC prima por ter um relacionamento de alto nível com os clientes, o que garante uma posição privilegiada de acesso aos negócios para estarem mais cedo presentes no processo. “Temos visto que os melhores resultados, não por acaso, são frutos de um trabalho cujo tempo de maturação é maior que de uma simples campanha. Toda movimentação da agência é no sentido de fazermos isso mais e mais porque, enquanto transformo o deles, também transformo o meu, não só resolver problemas imediatos. A campanha da PMG da Nextel é um exemplo. O briefing veio muito antes disso, da necessidade de uma nova maneira de comunicar varejo, do consumidor entender a proposta comercial da Nextel. Trabalhamos juntos com a área de sistema, com o comercial, da Nextel”.

Chalfon explica que, de modo geral, a mídia na LDC deve refletir essa estrutura mais horizontal, dando cada vez mais espaço ao talento técnico. Atualmente, é composta por uma diretora geral que comanda o dia-a-dia da mídia, mais dois diretores responsáveis pela parte de planejamento, com divisão de contas. Além de um head de pesquisa e ROI e um executivo focado em mídia de performance e programática, uma área nova criada no fim do ano passado. “Embora muitos de nossos clientes já tenham uma compra de mídia programática, existe um nicho de clientes que busca performance ligada a seus negócios, não à marca ou aumento de eficiência na compra de mídia. Eles possuem transações on-line, operam compra de mídia numa outra frequência, estão comprando negócios, esta nova área está dedicada a isso, já temos três clientes com este perfil”.

A agência como um todo, não tem área separada, trabalha com especialistas, pronta para se comunicar com os consumidores na plataforma que for relevante no momento, com uma estrutura adaptável e em constante revisão. “Temos também uma grande preocupação com as pessoas”, diz Chalfon, que de tempos em tempos bloqueia um dia na agenda para tomar café com algum profissional da LDC. Perfil que atraiu Ken Fujioka, sócio e VP de planejamento, com mais de 10 anos de casa, entre idas e vindas. O executivo diz que não pensou duas vezes diante da proposta de se tornar sócio, há cinco anos. “Valores da agência como humanista, caráter, paixão pelo que faz, isso tudo vem antes de resultados financeiros, comerciais. O que é verdade desde a origem da agência, por tudo isso, foi fácil a minha decisão de virar sócio”, diz.

O planejamento na LDC conta com uma equipe de 12 planejadores com perfis diferentes, experiência em construção de marcas, análise de informação, digital, multidisciplinar, que conversa com o momento atual da agência, uma nova organização que pressupõe disciplinas diferentes se misturando. Tudo isso para trazer trabalhos em profundidade, como o projeto que irá estudar a cultura do brasileiro, aspectos culturais da sociedade brasileira que afetam o pensamento das pessoas sobre marcas e processo decisório. Essa iniciativa é liderada principalmente pelos planejadores. Serão estudos pontuais e periódicos sobre determinados temas.

E falando em projetos, Márcio Callage, que chegou à LDC na incorporação da Pereira & O’Dell, em março, assumiu a vice-presidência de desenvolvimento para trabalhar em projetos e iniciativas que busquem solucionar os desafios que os clientes tenham, mas por caminhos não tradicionais, com o objetivo de gerar novos negócios, prospecção de clientes, mas também ampliar negócios dentro dos atuais clientes da casa. “A propaganda está mudando muito, na verdade, o mundo está passando por uma transformação que está acontecendo muito rápida, e entendemos que existia espaço dentro da agência para a construção de uma função que venha desenvolver projetos que não são convencionais. Uma função que tenha um poder de influência grande dentro da LDC, mas trabalhando com os recursos da própria agência”, diz Callage.

De acordo com o executivo, não tem uma equipe, o trabalho é feito por intermédio das áreas da agência. No momento em que se detecta que o cliente tem um desafio, há talentos e ferramentas que irão auxiliar na solução. “Vou trabalhar em conjunto com as áreas. Uma hora a solução pode estar dentro da mídia, outra no planejamento, ou na criação. Pode ser ainda um desafio de produção, do desenvolvimento de um produto. Ou que precisemos de recursos que estão fora da agência, então não necessariamente é uma nova área, mas uma função que trabalha transversal às áreas, buscando os recursos dentro e fora da LDC para construir uma solução, um novo negócio e um incremento de receita para a agência”.

Callage começou a carreira como redator, depois desenvolveu uma unidade de inovação dentro de uma agência que acabou dando origem a várias outras empresas. Virou cliente, e foi liderar aquela que se tornou a maior marca esportiva do Brasil, a Olimpykus, e essa experiência no marketing trouxe o entendimento de que o anunciante tem verba para gerar resultado, mas não necessariamente isso é propaganda. O que vai ao encontro da filosofia da LDC de ser uma parceira de negócios dos clientes. “Depois me tornei sócio da DM9 de Porto Alegre, o que me deu um entendimento do fluxo geral da agência para poder utilizar nessa nova função que estamos criando, então sei aonde está o recurso dentro da agência para tentar buscar um outro tipo de resposta”.

Quanto às expectativas em relação à LDC e ao novo trabalho, Callage sintetiza como desafiador: “Porque estamos
construindo uma função, então não existe régua, não existe um parâmetro ou uma referência, nós estamos criando esta referência. É uma grande oportunidade porque sabemos que a indústria da comunicação e do marketing está passando por uma transformação enorme, o que faz com que a gente também possa aproveitar para crescer, não para recuar, ter medo. É um pouco a felicidade de viver numa época que ninguém tem a resposta ainda do que vai acontecer, para onde vai o negócio. Está todo mundo vivendo o presente, entendo que a revolução digital e esse mundo pós-digital vai mudar muito o cenário, e estamos preparados para nos destacar no meio disso. O desafio maior é justamente este, em um mundo em transformação, você está com um pé no presente e a cabeça no futuro”.

 

Cases

Nextel “Tá nas suas mãos”

Cliente da LDC desde 2008, a Nextel investiu nos últimos anos em ações de publicidade com foco em varejo e vendas, após ter construído uma personalidade ousada e questionadora como contadora de histórias, que fazia com que as pessoas se identificassem com a marca. Em sua nova campanha institucional, a LDC retoma à Nextel este formato de sucesso abordando um tema que está em evidência na sociedade: os rótulos. A temática da campanha faz um paralelo com a realidade da empresa. Mesmo competindo com grandes operadoras do mercado desde 2013 e apresentando os melhores indicadores de qualidade e crescimento no setor de telecomunicações, ainda é conhecida por muitos como uma fornecedora apenas de serviço de rádio. Os filmes, em formato de storytelling, têm como protagonistas a modelo Daniella Cicarelli e o músico Júnior Lima, personagens que encararam o desafio de expor os julgamentos que receberam durante suas trajetórias. E os filmes são só o começo dessa campanha que terá forte desdobramento no ambiente digital a partir da página nextel.com.br/tanassuasmaos, que será alimentada com entrevistas dos protagonistas, além de conversar com novos personagens que também já foram impactados pela mesma situação.

 

 

Neymar Jr #somostodosmacacos

Apesar de ser uma das maiores celebridades do mundo, Neymar não deixou de ser vítima do racismo nos campos europeus. Por isso, ele procurou a agência disposto a desenvolver uma ação que desse uma resposta para esses atos. O desafio da comunicação era colocar luz na questão, relembrar as pessoas do quão grave e condenável é o racismo no futebol e gerar um amplo debate na sociedade. A ideia foi a seguinte: quando uma banana fosse atirada no campo – comum artifício de racistas do futebol – em direção ao Neymar, ela seria simplesmente descascada e comida, mostrando indiferença, irreverência e ironia. A oportunidade veio, entretanto, para seu amigo Daniel Alves, que conhecia a ideia e a executou como planejado. Em seguida, a LDC deu sequência à estratégia, orientando Neymar a postar uma foto comendo uma banana com a hashtag #somostodosmacacos e convocando as pessoas a fazerem o mesmo. A campanha ganhou o mundo, registrando mais de 1,3 milhão de interações no Instagram, 1,5 milhão no Facebook, 3,6 milhões de menções no Twitter e 16 milhões de menções em diversos portais. A partir da ação, as buscas pelo tema “racismo” aumentaram três vezes em comparação ao ano de 2013 e a expressão “Somos Todos” se tornou um ícone da cultura popular.

 

Toddy – Quarto da Cowzação

Toddy® é uma marca que fala com adolescentes, o que requer constante reinvenção. A partir disso, surgiram as famosas Vacas, que nasceram com a missão de criar identificação com este público e ajudaram a tornar Toddy sinônimo de irreverência. Mas com o passar do tempo, as personagens deixaram de acompanhar o target, justamente quando a marca visava expandir seu portfólio para a categoria de biscoitos. Uma exclusiva etnografia digital sobre o target fez a LDC entender que o que essa molecada mais queria era zoar, daí surgiu o conceito “Vamo Cowzar”. As Vacas passaram a criar um conteúdo, assumindo a linguagem desses jovens, e viraram YouTubers de um assunto que encanta este público: games. No projeto, vários influenciadores do Brasil foram convidados para jogarem com as personagens no cenário onde o adolescente é mais adolescente: o quarto, ou melhor, no “O Quarto da Cowzação”. Os números da plataforma impressionam: mais de 20 episódios, mais de 250 mil inscritos no canal do YouTube, mais de 5,4 milhões de views, e em 2015 aumento em duplo dígito de alguns indicadores como o número de pessoas que dizem que Toddy tem comunicação atrativa e que oferece algo diferente das outras, o awareness da marca na categoria de biscoitos foi convertido em experimentação e em um crescimento expressivo nas vendas desse segmento.

 

Catho – “Trabalho”

O trabalho no Brasil é algo muito maior que um emprego e uma fonte de renda. Ele define as pessoas, cria a identidade de cada indivíduo, quase como um sobrenome. Percebendo essa importância, principalmente em um cenário de crise, a Catho queria reforçar seu posicionamento de agente transformador, sendo uma aliada para que cerca de 700 pessoas encontrem trabalho todos os dias. O desafio da LDC, portanto, era trazer uma campanha que contivesse uma mensagem de esperança, refletindo uma abordagem mais madura, olho no olho. Por isso, o trabalho era o narrador que se dirigia diretamente a cada indivíduo, de forma emocional. Os flights de TV e digital foram gerenciados e otimizados em tempo real, fazendo com que as veiculações nos diferentes meios se complementassem, maximizando a cobertura e controlando a frequência. A estratégia focada em rich media, mobile, social e display, com a concepção e gestão de 286 variações criativas, em 21 formatos distintos, em 80 placements de impacto e performance em portais, redes sociais e parceiros afiliados, resultou na taxa de visualização de mais de 30% (11,5 milhões de visualizações em menos 30 segundos), indicando alta aderência ao target de forma segmentada. A abordagem proposta e executada pela LDC reverberou a mensagem dos vídeos das campanhas e direcionou o público-alvo para a adesão aos serviços Catho.

 

 Leroy Merlin – Campanha 2016

Com o objetivo de manter a posição de liderança nacional da Leroy Merlin, sendo percebida como uma marca moderna, parceira e acessível, a LDC criou a campanha institucional em 2016 se inspirando nas casas de verdade. “A Leroy Merlin sempre se destacou como um sinônimo de inovação e elegância em sua categoria. Nosso papel é fazer com que essa liderança intelectual seja captada cada vez mais pelos clientes por meio da comunicação”, diz Guga Ketzer. A comunicação de 2016 conseguiu favorecer uma maior proximidade da rede com o cliente, fortalecendo a imagem de uma empresa amiga, aliada do consumidor.

 

 Santander – “O que a gente pode fazer por você hoje?”

 

A tradução desse olhar diferente que o banco tem foi manifestada na campanha “o que a gente pode fazer por você hoje”, a começar pelo formato. Os filmes desenvolvidos pela LDC não continham trilha sonora e possuíam texto forte, com locução em off do ator Lázaro Ramos. Tudo que o Santander faz é para que pessoas e negócios prosperem. A partir disso, os temas escolhidos na campanha apresentavam uma visão sem estereótipo por parte do banco, falando sobre gêneros, regiões do país, empreendedorismo, posicionando-o como uma marca inclusiva e transparente.

 

 #IMmigrant

Com o objetivo de chamar atenção para a crise migratória atual, a campanha #IMmigrant criada para a Refugees United – ONG de tecnologia especializada em reconectar refugiados que perderam o contato com suas famílias – mostrou como toda pessoa tem um histórico de migração e o quanto estamos próximos dessa situação. Pelo site www.IMmigrant.im, as pessoas puderam criar uma imagem com as suas nacionalidades e usá-la para compartilhar sua história e mostrar seu apoio aos imigrantes do mundo todo. Em apenas um mês, 70 mil imagens foram criadas e compartilhadas, incluindo do jogador Neymar Jr. e muitas outras personalidades, e mais de 200 mil acessos foram registrados no site provenientes do mundo inteiro.

  

NFscan – InstaGraacc

 No Estado de São Paulo, toda compra gera um crédito que pode ser doado para uma ONG. O processo é simples, basta não colocar um CPF na nota e entregar o cupom fiscal para a instituição, sem custo algum. Entretanto, além do desafio de fazer mais pessoas doarem os seus cupons, as ONGs precisavam cadastrar manualmente os números de cada cupom no site do governo, um a um. Pensando em aumentar o número de arrecadações e facilitar estes cadastros das NFs, a LDC desenvolveu o software NFscan, que digitaliza todos os números e envia direto para o banco de dados da instituição. O software é livre, qualquer instituição pode criar sua versão e a primeira a utilizar essa tecnologia foi o GRAACC, com o app InstaGraacc. No ar desde junho de 2015, o app tem cinco mil usuários, mais de 50 mil notas doadas e 30 ONGs utilizando o sistema. O app é gratuito e pode ser baixado em instagraacc.com.br ou no nfscan.cc

 

Guga Kuerten – Raquetes do Jogo

Em homenagem à trajetória do tenista número um do mundo em 2000, a agência LDC criou uma série de raquetes que reproduzem nas cordas os lances dos jogos mais importantes da carreira de Guga Kuerten. Idealizadas para serem vendidas em leilões beneficentes, o valor arrecadado com as raquetes foi revertido para o Instituto Guga Kuerten, que usa o esporte como ferramenta para garantir a inclusão social de crianças, adolescentes e pessoas com deficiência.

 

Imaflora – Origens Brasil®

Durante três anos, o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (IMAFLORA) e o Instituto Socioambiental (ISA) estudaram mecanismos que apoiassem a gestão da produção das populações extrativistas e povos indígenas. A partir deste desafio, a LDC lançou a identidade visual da plataforma digital Origens Brasil®, um sistema de rastreamento dos produtos com origem no Xingu, com informações fornecidas pelos próprios produtores do território. Para isso, a agência criou um sistema de identidade associado à tecnologia de rastreamento do projeto. Para cada produto um logo diferente, para cada logo uma história diferente. Uma marca escaneável via QRCode, carregada de informações e que muda de acordo com o produto. A iniciativa permite mais transparência à sociedade das práticas comerciais adotadas pelos indígenas. Entre as informações disponíveis, estão a história, nome/idade e etnia de quem extraiu o produto e as características do território onde foi produzido. www.origensbrasil.org.br

 

Red Bull – Summer Edition

Para lançar a Summer Edition, versão da Red Bull com sabor de frutas tropicais que já era vendida fora do Brasil e que seria introduzida no país de forma limitada, a LDC aproveitou a proximidade do início do horário de verão e criou uma campanha com diversos desdobramentos, principalmente no ambiente digital. A campanha iniciou com a hashtag #summeriscoming, exposta em diversas ativações nas redes sociais. Já o segundo momento foi centrado na #horaextradeverão, quando o novo produto foi enviado a influenciadores em uma caixa com um filtro exclusivo para tirar fotos no instagram e contou com uma ação no aplicativo Waze, onde o usuário que estivesse passando próximo de um parque na cidade de São Paulo recebia a notificação “como você vai aproveitar sua hora extra de verão?”. A campanha contou também com uma parceria com a Deezer, com uma playlist exclusiva da Red Bull para o verão. O awareness da marca cresceu de forma significativa no target no período.

 

DJay

Para provar que é possível explorar outras formas de comunicação que não só propaganda, a LDC criou uma startup. A partir de um projeto com dj’s da Red Bull, a agência criou o DJay.cc, um software que transforma a música eletrônica em partitura, mostrando que dj’s também são músicos. O objetivo principal era encorajar músicos profissionais a registrarem suas performances, ensinar e inspirar outros músicos, amadores. É também um espaço colaborativo para DJs e foi desenvolvido para compartilhar a arte por trás de uma mixagem.

 

Principais executivos

Guga Ketzer, sócio-presidente

Daniel Chalfon, sócio – VP de mídia

Ken Fujioka, sócio – VP de planejamento

Marcio Callage, VP de desenvolvimento

Ronaldo Severino, CFO

Adriana Favaro, diretora-geral de mídia

André Troster, diretor-geral de planejamento

Cecília Cilento, diretora-geral de atendimento

Fabiane Veiga, diretora geral de operações

Raphael Franzini, diretor de criação

Cassio Moron, diretor de criação

Fabio Saboya, diretor de criação

Sergio Mugnaini, diretor de criação

 

Clientes

– Ambev

– Azaleia

– Baruel

– Catho

– Fox International Channels
    20th Century Fox

– FMU FIAM FAAM

– Universidade Anhembi
   Morumbi

– BSP – Business School
  São Paulo

– Leroy Merlin

– L’Occitane

– Dijean

– Nextel

– Neymar Jr.

– Olympikus

– PepsiCo

– Record

– Red Bull

– Santander

– Uber

– UFC

– Unidas