Hungry Man diz que produção independente está em alta
Luis Vidal: “não temos tanta exigência por quantidade, mas sim por qualidade”
Em pouco mais de dois anos, a nova área de atuação da produtora Hungry Man Brasil já está cumprindo a meta. Além da produção de filmes publicitários, a produtora está com oito projetos para TV e um longa-metragem para o cinema. Luis Vidal, produtor-executivo da área de TV e cinema da produtora, diz acreditar que o mercado de produtoras independentes de conteúdo está se desenvolvendo muito.
Segundo o produtor-executivo, o mercado está demonstrando um grande amadurecimento nos últimos anos. “Entramos na área de TV e cinema em um bom momento. Estamos conseguindo conquistar espaço e conseguindo cumprir nossa meta. Não temos tanta exigência por quantidade, mas sim por qualidade”.
Em 2015, a divisão de TV e cinema da Hungry Man assina séries documentais e de ficção. Para o Multishow, foi produzida a comédia “Os Suburbanos”, estrelada por Rodrigo Sant’Anna. Para o GNT, a produtora realiza a série documental “Morar Mundo”, o programa “Morar” e a sexta temporada do “Casa Brasileira”, que estreia em outubro.
Para 2016, a Hungry Man lançará, ainda no primeiro semestre, a comédia “Terminadores”, na Band; a série documental, inédita no Brasil, “Zona de Conflito”, ainda em negociação com o History Channel; e por fim uma série infanto-juvenil em live-action para o canal Gloob. Já para o cinema, a produtora está fazendo o filme “Terapia da Vingança”, que conta com a direção de Marcos Bernstein.
Além destes trabalhos, a Hungry Man está desenvolvendo mais cinco séries de ficção e duas documentais, como “Colônia”, “O Amor nos Tempos de Smartphone”, “Vic” e “Ganho de Guerra”. “A televisão é o carro-chefe da produção de conteúdo. Com a abertura das cotas, o mercado se desenvolveu muito, evoluiu a relação das produtoras com os canais e abriu novas oportunidades. É fundamental que produtoras e canais trabalhem em conjunto”, opina.
A Hungry Man tem três modelos de trabalho, segundo Vidal. Um deles é o documental que a produtora cria e produz para vender e licenciar para os canais, como a série de oito episódios “Zona de Conflito”.
A outra forma é por meio do fundo setorial, que permite à produtora captar dinheiro como parte do investimento para produção e depois os canais complementam o orçamento. “Isso é um grande avanço para o mercado”, comenta.
O terceiro formato é o branded content, pelo qual são desenvolvidos projetos específicos para as marcas. “Praticamente todos são projetos proprietários. Em alguns projetos de branded content, a presença da marca é bem suave”, diz.
Na avaliação de Vidal, em pouco tempo a Hungry Man se estabeleceu como uma produtora de conteúdo, tornando-se um importante player do mercado. “A produtora sempre foi de publicidade e propaganda. Em pouco mais de dois anos, conseguimos nos estabelecer também como produtora de conteúdo”, comemora.
Alex Mehedff, sócio-presidente da Hungry Man Brasil, comenta que eles estão felizes em ter essa nova divisão dentro da empresa. “A área já está aquecida com projetos de gêneros e estilos diferentes. Como nosso olhar sempre foi e será pela qualidade criativa, os canais de TV reconheceram esse nosso DNA e nos abriram espaço para novos projetos”, diz Mehedff.
Há dez anos no Brasil, a Hungry Man, dos sócios Alex Mehedff, Bryan Buckley, Gualter Pupo e Carlão Busato, também tem escritórios em Nova York, Los Angeles e Londres. Está entre as mais premiadas produtoras globais. A empresa já conquistou 30 Leões no Festival de Cannes, sendo sete de ouro, 13 de prata e 10 de bronze na área de publicidade e projetos especiais.
Com forte atuação em publicidade, há três anos lançou no Brasil o braço de ativação, projetos digitais e de branded content, que é a Hungry Man Projects, liderada pelo diretor de criação Fábio Pinheiro. Já a área de TV e cinema, encabeçada pelo produtor-executivo Luis Vidal, foi lançada há dois anos.