IA exige gerenciamento de mudanças para 81% das empresas, diz Aberje
De acordo com o levantamento, 76% das organizações utilizam inteligência artificial em suas atividades fim
A Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) e a Cortex publicaram a segunda edição da pesquisa 'Cultura de dados, mensuração de resultados e inteligência artificial na comunicação', com o objetivo de entender a situação atual da mensuração e utilização da inteligência artificial nos processos de comunicação. 100 empresas, entre associadas e não associadas da Aberje, de diferentes regiões brasileiras, responderam o questionário. Para 81% dos participantes, a inteligência artificial exigirá um significativo gerenciamento de mudanças nas organizações.
A maioria das organizações participantes (76%) utilizam-se de inteligência artificial em suas atividades fim. Daquelas que ainda não se utilizam dessa tecnologia, 7% afirmaram que pretendem colocá-la em prática ainda neste ano. Nas áreas de comunicação das organizações participantes, a maioria (58%) já utilizam da tecnologia de inteligência artificial, enquanto 11% pretendem utilizar ainda neste ano. Boa parte das áreas de comunicação das empresas participantes afirmaram que utilizam a inteligência artificial para a elaboração de conteúdos (47%), geração de insights (40%) e aumento de produtividade (39%).
Segundo o levantamento, os objetivos estratégicos que conectam às ações de comunicação mais citados pelos respondentes foram o aumento do engajamento dos funcionários (77%), a agenda ESG (75%), crises de reputação (75%) e o aumento da participação da organização no mercado (70%).
Em relação à cultura de dados, 52% das empresas participantes se enquadram em um nível intermediário, 32% das áreas de comunicação estão posicionadas em um nível básico e 14% já estão posicionadas em um nível avançado. Além disso, de acordo com o estudo, todos os processos de comunicação nas empresas utilizam dados sistematizados para a tomada de decisões, destacando-se a comunicação digital (87%), publicações digitais (72%), reputação corporativa (68%), relacionamento com a imprensa (68%) e valor da marca (67%). Já os processos que nunca ou raramente utilizam dados, de acordo com os participantes, são as relações comunitárias (39%), relações com investidores e acionistas (38%), participação em feiras e exposições (28%) e patrocínios ou apoio cultural (28%).
Ainda sobre a cultura de dados, algumas áreas têm trabalhado a inteligência artificial na compilação de dados (28%), na análise de dados (32%), na identificação de tendências (21%), na realização de pesquisas (18%) e na projeção de resultados (5%). Outra utilização que têm sido adotada é para a criação de designs visuais (31%), além de transcrições e gravações (31%).
Quando perguntados sobre os resultados de iniciativas de comunicação que são mensurados, os mais citados foram sobre ações de relacionamento com a imprensa (84%), ações de comunicação digital/mídias sociais (82%), ações de comunicação interna (76%) e eventos (64%).
Crédito: Foto de Igor Omilaev na Unsplash