IAB debate tendências digitais durante AdTech e Data

Realizado nesta terça-feira (12), em São Paulo, o AdTech e Data, evento promovido pelo comitê de AdTech do IAB Brasil (Interactive Advertising Bureau Brasil), contou com apresentações de profissionais experientes, que discutiram sobre o desenvolvimento do mercado de marketing e publicidade digital. Ken Weyel e Kelly Thomas, ambos da Microsoft, falaram sobre a importância de usar corretamente o Big Data. Ambos concordaram que o maior problema é como as empresas estão gerenciando o grande volume de informação que circula pela agência.

Segundo Thomas, por exemplo, todos imaginam que uma busca por informação tem a ver apenas com dados e que é preciso somente observá-los em tempo real para, então, satisfazer o cliente. Mas existem problemas aos quais é preciso estar atento. Para o executivo, quando pensamos em dados, há três áreas que devem ser levadas em conta: os dados públicos, os seus próprios e os dados de terceiros. “Desta forma, é possível ter uma visão mais ampla do todo e uma comunicação mais eficiente”.

Para Kelly, se bem aproveitado, o Big Data dá um caminho claro para o cliente certo, na hora certa e com o dispositivo certo. Segundo a executiva, “precisamos facilitar o gerenciamento desses dados para o anunciante conseguir o resultado esperado da melhor forma possível”.

O evento também abordou o tema: “Tudo começa com uma boa base de dados”. Entre os debatedores estiveram: Fernando Rosolem, da Serasa Experian; e Adriano Brandão, da Navegg. De acordo com Brandão, o mercado está acostumado a só conhecer seus próprios clientes, mas hoje a tecnologia não só permite que se registre tudo, mas também possibilita que se faça relações. “Vivemos na era do consumidor anônimo. Nem sempre ele já é um comprador seu registrado, mas basta que se observe para reverter o jogo. Hoje, uma simples escolha que é feita em seu site, já revela muito sobre esse possível comprador”.

O executivo disse ainda que fontes externas de dados podem enriquecer facilmente as informações que você já tem. “Além disso, dados de terceiros possibilitam a busca de consumidores que você ainda não conhece”. Para ele, quanto mais dados, mais preciso será o eu trabalho, seja em relacionamento, seja em prospecção.

Fernando Rosolem, por sua vez, afirmou que não vê das empresas off grandes iniciativas. “Tiramos muitos dados do offline e temos sido questionados em como utilizar esses dados dentro do ambiente online. É muito crescente a procura por esse tipo de serviço. temos escassez de profissionais que atuam com isso e precisamos de mais especialistas para esse movimento”. Segundo ele, existe uma crise de identidade em consultorias de tecnologia e agências, cada uma delas que tinha uma área muito especializada, está sentindo falta da outra ponta.  “Agora está virando commodity e as empresas estão percebendo que precisam se estruturar do ponto de vista técnico para fazer uso pleno dessa capacidade toda que elas produzem”.

Kirk McDonald, da Pubmatic, também esteve no evento. Segundo ele, veículos do mundo todo vêm se deparando cada vez mais com um desafio de enfrentar o crescimento da tecnologia de real-time bidding (compra e venda de mídia em tempo real). Mas, segundo o executivo, a mídia programática não é só RTB: é preciso aplicar o processo de tecnologia para o fluxo da informação.

McDonald destacou que é preciso ficar atento porque, até 2017, o RTB vai ser responsável por 37% das receitas dos anúncios digitais. Outro ponto abordado por ele é a importância de buscar um parceiro adequado e estar atendo porque a palavra-chave para o sucesso de um negócio é controle. “Nós estamos nos movendo para uma economia sustentável e se você não conseguir medir em real time, o seu negócio não vai pra frente”.