Independência, inovação e dados orientam atuação da Execution
Os dois andares ocupados pela Execution em um edifício na região do Jardim Europa, na capital paulista, abrigam os 70 profissionais que se dividem entre os departamentos de criação, planejamento e mídia da agência. Mas a semelhança com o modelo mais tradicional termina por aí.
Nascida em meio ao turbilhão de transformações tecnológicas e debates sobre relevância e formatos de remuneração no mercado em 2017, a agência traz naturalmente em seu DNA soluções muito bem definidas, sobretudo em questões como o uso de dados orientados para o crescimento dos negócios dos clientes. É o que explica Geraldo da Rocha Azevedo, CEO e fundador. “No nosso caso, não poderia haver melhor oportunidade para entrar no mercado. A gente veio na esteira dessas transformações, e a agência já nasceu neste ambiente totalmente digital como fruto desse novo momento de mudanças”.
Com mais de 30 anos de carreira, Azevedo tem passagens pelo live marketing e como sócio de outras agências, como a que levava seu sobrenome, e também da NeogamaBBH. Agora, com a Execution, a ideia foi conseguir concentrar todos os aprendizados, principalmente, em relação a métricas e negócios dos clientes.
“Existe hoje uma demanda muito grande dos anunciantes por ter dentro da agência um empreendedor, a figura de um dono. Houve um momento em que os próprios clientes impuseram às agências estruturas muito grandes. Isso as levou a manterem executivos na liderança, o que, sem demérito, é diferente de ter um empresário dono do próprio negócio, com a devida experiência e presença no dia a dia”, destaca. Para Azevedo, como as mudanças são cíclicas, “em algum momento lá atrás, as agências tinham alguém que podia ser um espelho do CEO, mas em algum momento isso se perdeu. Agora vejo um resgate disso”.
Espírito de equipe
Com clientes que demandam entregas 360, como Dona Benta, Movida e Warner, entre outros, a Execution tem posicionamento forte no monitoramento e entrega de resultados. Nesse sentido, a criação está em função dos negócios. Não à toa, desenvolveu um aplicativo que permite que os clientes acompanhem em tempo real o desempenho de suas campanhas digitais. Para as redes sociais, a sofisticação é ainda mais precisa.
“A criação está a serviço do negócio do cliente. Ela tem parâmetros claros de medição de eficiência. Um desses parâmetros é a própria gestão das redes sociais. A gente tem uma metodologia de planejamento em que conseguimos medir quais atributos de marca trazem um maior nível de engajamento, alcance etc. E isso retroalimenta tanto o planejamento quanto a criação”.
Para Azevedo, uma de suas principais missões é ser um curador da energia da agência, garantindo que as pessoas que entram estejam sintonizadas com o momento. “Fiz um treinamento com os navy seals, no centro de treinamento deles, nos Estados Unidos, recentemente. Lá, você descobre que as pessoas vão para a guerra não pela bandeira ou pela pátria. Vão pelo cara que está do lado. Quando você consegue criar esse círculo virtuoso em que uma pessoa quer dar o melhor de si para ser merecedora do reconhecimento e respeito do colega que ela admira é quando as coisas funcionam. É o que conseguimos entregar aqui, na Execution”.
Ao seu lado se dividem na liderança da agência Fernanda Cepolini, chief strategy officer; Christian Fontana, chief creative officer; e Guga Carvalho, chief operating officer. Com uma estrutura de operação média, o executivo comemora o grau de satisfação entre seus colaboradores como indicador do clima saudável na agência. Não à toa, o índice de turn over em pouco mais de dois anos é zero. “A agência tem um ambiente delicioso em que as pessoas dão o melhor de si porque estão bem nesse espaço. Eles confiam na liderança, estão produzindo conteúdo relevante, estão fora da sua zona de conforto. A base da cultura da empresa é essa, com liderança superpresente no dia a dia. Não é daquela tipo que só manda fazer”.
Como reflexo desse movimento, a agência tem conquistado contas relevantes, como Time4Fun, e ampliado a sua equipe. “A gente chega com uma oferta muito atual, contemporânea, podendo montar uma estrutura capaz de entregar em função da demanda e, ao mesmo tempo, ter lideranças muito bem estruturadas. Como temos uma equipe muito sênior, o trabalho evolui fácil. É o que torna o modelo funcionar tão bem”.