Índia, China e Brasil terão maiores crescimentos publicitários em 2015
A taxa de crescimento do investimento publicitário mundial deverá ser mais lento este ano, com 5,1%, antes de subir para 6,0% em 2016, de acordo com uma nova previsão. Consensus Ad Forecast, do Warc, é baseado em uma média ponderada das previsões de gastos com propaganda das agências de publicidade, empresas de monitoramento de mídia, analistas, a própria equipe de Warc e outros organismos do setor.
Um crescimento líquido de gasto com propaganda em 2015 está previsto para 12 dos 13 mercados cobertos, incluindo Austrália, Brasil, Canadá, China, Alemanha, Índia, Itália, Japão, Rússia, Espanha, Reino Unido e EUA – com França investindo levemente.
No geral, a taxa de crescimento foi revista em baixa para nove países desde o último Consensus Ad Forecast, em julho de 2014. Ao mesmo tempo, o total de gastos com propaganda mundial previsto para 2015 cresceu 0,1% desde então.
O BRICs, formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, serão os performers mais fortes este ano, pois a Índia, China e Brasil deverão ter um crescimento de 11,6%, 10,3% e 7,1%, respectivamente.
A Rússia, porém, teve o maior rebaixamento em relação ao último relatório, indo de 8,5% para 1,4%, devido às suas incertezas políticas e econômicas.
O Reino Unido terá a maior taxa de crescimento este ano, com 5,7%. Já a Espanha aponta crescimento de 1,2%, do último relatório, para 4,5%. Do restante, apenas os EUA (+3,5%), Canadá (+3,4%) e Austrália (+2,7) devem crescer mais do que 2% em 2015.
Em termos de mídia, todos, exceto jornais e revistas, estão com registro de crescimento previsto em 2015, direcionando maior aumento para a internet, com 16%. O Jornal, apesar do aumento de 1,2% em relação a julho, vem encolhendo num ritmo mais lento de -3,6%. A TV, por sua vez, tem visto seu maior rebaixamento (2,7%), com crescimento esperado atrás de Cinema (4%) e Out of Home (3,9%).
“A perspectiva econômica global é mais incerta do que há seis meses, com estagnação da zona do euro, sanções russas e uma desaceleração da Ásia ameaçando os crescimentos”, explica James McDonald, analista de pesquisa do Warc. “Não é surpreendente que muitos observadores do mercado, incluindo nós, termos colocado expectativas baixas”.
*Com informações do Warc