Indústria e varejo esportivo enfrentam dificuldades no Brasil
De acordo com dados do Instituto de Estudos e marketing Industrial (IEMI), em 2014, mesmo com o estímulo de compras gerado pela Copa do Mundo, houve retração de 0,1% no volume de produção e importação de roupas e calçados esportivos. “Havia muita expectativa por causa do evento, mas os resultados não foram tão bons quanto o esperado”, afirma Carvalho. “O momento é de dificuldade, mas preferimos trabalhar com a ideia de superação”, acrescenta a representante, que ainda prefere evitar a palavra crise.
A diretora-presidente da Ápice comenta que está tentando unir a cadeia produtiva do setor para promover diálogos nas duas pontas, indústria e comércio, e reduzir custos para fabricar produtos com preços competitivos. Além disso, ela acredita que as marcas precisam inovar e também saber utilizar as novas ferramentas de marketing para atrair os consumidores às lojas, sejam elas físicas ou online. “O digital é uma boa alternativa. Os resultados gerados em ações digitais estão se tornando cada vez mais relevantes”, diz Carvalho.
Uma das sugestões é seguir a tendência de promover campanhas de marketing que trabalham com o conceito de democratização dos artigos esportivos. “Criar e divulgar artigos para praticantes de atividades físicas, e não apenas competidores. Precisamos democratizar os produtos”, declara a porta-voz da Ápice, que prevê resultados melhores em 2016 com as Olímpiadas no Rio de Janeiro, mas para quem se planejar depois de suportar um ano de 2015 complicado.