Instituto de Longevidade questiona se Brasil está preparado para idosos
Uma campanha do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon chama a atenção sobre o despreparo das cidades brasileiras em oferecer qualidade de vida à população acima de 60 anos, crescente no país.
A comunicação celebra o Mês do Idoso. Com produção da agência DPBR e roteiro do Instituto, o filme pergunta a todos: sua cidade está preparada para você viver mais e melhor?
A pesquisa online será base para o lançamento de uma versão atualizada do estudo que avaliou o grau de preparação dos municípios brasileiros para o envelhecimento da população.
Publicado em 2017, o Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL) avaliou as condições de 498 cidades. Ele foi desenvolvido pelo Instituto em parceria com o Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV/EASP).
“Mais do que fazer uma campanha de conscientização, queremos a participação real das pessoas neste mês do idoso. Como as cidades, o Instituto também é o lugar onde nos encontramos, envelhecemos, conhecemos pessoas e trocamos opiniões”, afirma Henrique Noya, diretor executivo do Instituto.
De acordo com Noya, a população acima de 60 anos de idade já representa 13% do total, chegando a 31 milhões de pessoas. Até 2060, o percentual subirá para 25%, alcançando os 73 milhões de idosos.
Apesar disso, muitas cidades estão na contramão da longevidade: 65% das cidades do Brasil não estão preparadas para o envelhecimento; apenas 6% oferecem boas condições de participação social e 94% não possuem nível adequado de habitação para este público.
“Nosso índice identificou que existe uma preocupação por parte de muitos gestores públicos para tornar as cidades mais amigáveis aos idosos, mas ainda é muito pouco o que estamos fazendo neste sentido. A população idosa ainda enfrenta desafios em várias áreas. É preciso que tanto o setor público quanto o privado passem a olhar mais atenta e cuidadosamente para este nicho que pode continuar sendo produtivo”, afirma.