Jornal da Tarde vive clima de incerteza

 

 

É de incerteza o clima dentro da redação do Jornal da Tarde, publicação pertencente ao Grupo Estado que carrega 46 anos de história e circulação em São Paulo. Fora da publicação, no mercado, a dúvida é a mesma após boatos de uma possível extinção do título em curto prazo.

 

Frente a tais cogitação, Ricardo Gandour, diretor de conteúdo do Grupo Estado, enviou um e-mail a seus funcionários no qual procura esclarecer, em tom oficial, o momento do JT. Nele, o executivo explica que “ao longo das últimas semanas, a empresa tem estudado cenários alternativos para diversos produtos e cadernos, o que pode incluir lançamentos, relançamentos, mudanças de formato e datas de circulação. Sobre esses estudos não existe nenhuma decisão tomada”, mas classifica como boatos e nega categoricamente o fim da publicação.

Tais estudos levantam hipóteses que vão desde a remodelação total da abordagem e identidade do jornal até uma considerável redução de seu conteúdo para se tornar um encarte de O Estado de S.Paulo, não estando descartada a descontinuação do título. Ainda na redação, há certa divisão entre otimismo e pessimismo — com o clima pendendo para o segundo grupo.

Em julho último, cerca de 20 profissionais foram demitidos do JT, logo após boatos do provável fim da edição dominical do jornal — que se estendem até o momento. Também virou prática recorrente, segundo envolvidos na produção do título, o aproveitamento de conteúdo de outros veículos do Grupo Estado, em especial do Estadão, frente à sobrecarga dos repórteres da casa, agora em menor número.

Apesar de informações sobre o encerramento do serviço de assinaturas do JT circulando no mercado, ainda é possível contratar a entrega do jornal pelo telefone da central de atendimento do Grupo Estado — com valor mensal de R$ 42,90 por seis meses, dando direito a mais três meses gratuitos como bonificação. No site da publicação, porém, o link “Assine o JT” leva o leitor a um hotsite oferecendo apenas opções de pacotes do Estadão.