Jovens são relutantes em "abrir mão" de celular e Internet

Em meio à crise econômica mundial, jovens entre 18 e 29 anos estariam dispostos a abrir mão de algumas despesas do dia-a-dia, mas se mostram relutantes quando o assunto é renunciar às ferramentas que os mantêm conectados a seus grupos, como o celular e a Internet. É o que mostra o estudo “A Recessão e seu Impacto no Mercado Jovem,” (“The Recession and Its Impact on the Youth Market”), realizado pela JWT, no qual a maioria dos adolescentes fica hesitante em abdicar da sua conexão com internet ou celular  (92% e 80%, respectivamente). 

Outro dado aponta que quase metade (48%) dos brasileiros jovens está nervosa com a criminalidade, e um terço espera que ela piore nos próximos seis meses. Em contrapartida, apenas 28% dos jovens adultos estão preocupados com relação à situação econômica, e apenas 16% espera que ela piore nos próximos seis meses.

“Se por um lado os brasileiros estão esperançosos com seu futuro econômico, por outro eles não prevêem que a violência urbana diminua no curto prazo,” diz Ken Fujioka, Head de Planejamento da JWT Brasil. “Jovens adultos ficam mais ansiosos com a questão da criminalidade do que com a crise  econômica.”

Os adolescentes também estão bem mais ansiosos do que seus pais prevêem: 69 % relatam estar muito ansiosos com tudo que está se passando no mundo e no País, enquanto 53% dos pais descrevem seus filhos como nervosos-ansiosos.

O estudo mostra ainda que a desaceleração econômica afetou a vida dos entrevistados direta ou indiretamente. Dois terços dos adultos entrevistados conhecem alguém que perdeu o emprego, e metade dos entrevistados teve que pedir um empréstimo financeiro.

A pesquisa, realizada de 26 de fevereiro a 3 de março, entrevistou 500 brasileiros com mais de 18 anos, 169 deles estavam entre 18-29 anos. Adicionalmente, 46 adolescentes (em idades entre 13 e 19) que residem nas casas dos adultos participantes foram entrevistados. Essa é a 16ª edição do AnxietyIndex da JWT em seu 6º ano, lançado durante o período que antecedeu a guerra no Iraque para monitorar o nível e a intensidade da ansiedade dos consumidores e, mais importante, os motivadores.