Juíza exige correção de irregularidades no Rock in Rio
A juíza Marcia Cunha, da 2ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, determinou nesta quarta-feira (18) que os shows do Rock in Rio só deverão ser realizados se a Cidade do Rock conseguir “sanar as irregularidades” relacionadas aos atendimentos médicos, apontadas por duas vistorias feitas pelo Ministério Público durante o último final de semana. A decisão foi baseada em liminar da Promotoria de Tutela Coletiva de Defesa do Consumidor do Ministério Público, pedida nesta terça (17), após problemas vistos na primeira etapa do festival, entre sexta (13) e domingo (15).
Na última vistoria feita pelo MP foram constatadas 22 irregularidades. Há seis postos de atendimento operando, enquanto deveriam haver sete. Agentes escreveram ainda no relatório que os mesmos médicos encontrados em um posto corriam para outro durante a vistoria para mostrarem que havia o número de profissionais necessário. A assessoria do Ministério Público informou que a medida não tem como intenção cancelar o festival, mas sim garantir a segurança dos espectadores.
Uma inspeção foi marcada para esta quarta, às 17h, na Cidade do Rock, com presença de representantes do Corpo de Bombeiros, do Grupo de Apoio Técnico do Ministério Público (Gate) e do Cremerj. A assessoria de imprensa do Rock in Rio afirmou que não havia sido notificada oficialmente do pedido de liminar, mas disse que os organizadores já trabalham para atender os pontos apontados no laudo, no que diz respeito à prestação de serviços médicos. Se os equipamentos médicos continuarem sendo considerados inapropriados, o evento, segundo a Justiça, deve ser suspenso sob pena de multa diária de R$ 10 milhões.
“A urgência é evidente, diante da iminência de mais quatro sessões de espetáculos, para o qual há previsão de afluírem cerca de 100 mil pessoas, em cada um dos próximos quatro dias”, declarou a juíza.