Linguagem do rádio evoluiu para o ambiente multiplataforma
Veio do rádio uma das mais célebres histórias da mídia no século 20. No dia 30 de outubro de 1938, a rádio Columbia Broadcasting System (CBS) transmitiu A invasão dos marcianos, peça de radioteatro que foi confundida com um ataque alienígena verdadeiro. Na voz de Orson Welles, a adaptação do livro A Guerra dos Mundos, do escritor inglês Herbert George Wells, levou pânico à costa leste dos Estados Unidos. Mesmo após 83 anos, o episódio não deixa dúvidas sobre o poder dessa mídia, hoje multiplicado pelo arsenal de ambientes multiplataforma.
“O rádio se adapta e se reinventa ano a ano. O contato mais próximo com o consumidor da notícia ajuda a atualizar a linguagem”, pontua Danyane Custodio, head adsales da CNN Rádio, que entrou no ar em outubro de 2020. Interação, vínculo e intimidade são os diferenciais elencados. “O rádio nunca se afastou do cotidiano das pessoas”, lembra Danyane.
Enquanto os ouvintes ajudam a construir a programação ao vivo por meio das redes sociais e aplicativos de mensagens, o streaming deu cara a vozes já conhecidas, despertando a curiosidade de quem recorre ao consumo on demand para saber o que acontece no estúdio. “A interação ao vivo ganhou o suporte das redes sociais, muito mais fácil e ágil do que o bom e velho telefone”, observa Maurício Kotait, vice-presidente comercial da CNN Rádio.
A evolução da linguagem exigiu que o profissional seja transmidiático. De locutores a influencers, os apresentadores transitam cada vez mais entre as plataformas. É o caso de Sidney Rezende, Thais Herédia e Lia Bock, que também apresentam o programa Nosso Mundo na TV.
Plataforma, dispositivo, conteúdo, intenção, atenção e afinidades definem a mídia desde o momento do encontro com o consumidor. “Esse processo de transmutação começou pela mídia impressa e, nesta última década, chegou à mídia eletrônica, iniciando pela TV e chegando ao rádio”, resume Kotait.
O rádio recriou a sua forma de comunicação por meio das plataformas de vídeo e da criação de conteúdo com boletins e branded content, que na CNN Rádio encontra projetos realizados para bancos, governo, setores automotivo e de serviços. A transformação permite o cross media entre aparelhos, formatos e plataformas.
“Por ser o meio mais veloz, o rádio conversa muito bem com o digital”, frisa Danyane. Daí o sucesso dos podcasts, uma das principais promessas de evolução do consumo de áudio. “Mas é um formato que anda sozinho e independente da rádio. O consumo de ambos se dá de forma bem distinta”, adverte.
A CNN Rádio opera por meio de parceria com a Rede Transamérica na faixa FM entre 6h e 12h, e 18h e 19h. Carro-chefe, o CNN Manhã atinge uma média de 340 mil pessoas ao dia. Outro campeão de audiência é o Espaço CNN.
Com conteúdo ao vivo de hard news, a CNN Rádio utiliza oito estúdios da Transamérica, e tem estruturas em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. São 50 repórteres, 10 analistas, seis executivos e 20 técnicos, além do apoio de 25 profissionais da Transamérica em áreas como marketing e negócios. Os conteúdos também estão disponíveis no YouTube e no canal da CNN Brasil, que já soma mais de 450 programas. A rede cobre 196 cidades com população potencial de 55 milhões de pessoas.