LinkedIn Brasil celebra 10 milhões de usuários

 

A presença de uma operação física do LinkedIn no Brasil demonstrou, em curto prazo, o quanto a principal rede social voltada ao mercado profissional tem a ganhar em espaço no mercado local. Apenas 11 meses após a abertura de seu escritório em São Paulo, o primeiro na América Latina, a empresa celebra o salto de seis para dez milhões de usuários no país. “É um crescimento de 67%, o que mostra que os brasileiros estão usando o LinkedIn para construir suas redes profissionais. Para quem chegou a menos de um ano, tem sido uma jornada gratificante”, celebra Osvaldo Barbosa de Oliveira, diretor geral do LinkedIn Brasil.

Com a marca, o país empata com o Reino Unido como a terceira maior operação da empresa no mundo em número de usuários, atrás apenas de Estados Unidos, líder absoluto com mais de 100 milhões de usuários — apesar de não abrir o número exato —, e da Índia, com 17 milhões. A rede social começou a ganhar corpo no Brasil em abril de 2010, quando ganhou versão em português. Até então, o número de cadastros provenientes do país era de apenas um milhão.

Crescimento em duas frentes

Oliveira foi o primeiro executivo contratado pela rede para atuar no Brasil. Seu trabalho principal foi baseado na estruturação dos dois principais pilares da empresa: as áreas de soluções de recrutamento, sob direção de Milton Beck, contratado em fevereiro; e de soluções de marketing, nas mãos do diretor Olavo Ferreira, que chegou à empresa em abril. A primeira é responsável por 50% do faturamento global da empresa, que prevê a oferta de ferramentas que facilitem o trabalho das empresas de garimpar talentos para as mais específicas vagas de trabalho. “Desde abril, passamos a ter clientes locais dos mais diferentes portes, ultrapassando hoje 150 empresas”, indica Oliveira. Segundo Beck, 70% delas são de grande porte, enquanto os 30% dividem-se entre pequenas e médias.

Outro grande passo para a expansão foi assumir a responsabilidade pela comercialização de mídia e projetos comerciais pela equipe própria, liderada por Ferreira — anteriormente, a Ponto Fox, operação nacional da Fox Interactive Media, fazia tal função, que continua em parceira com a Fox Networks para outros países da América Latina. “Em julho passamos a atender aos nossos clientes com equipe própria, como é comum em todos os países em que o LinkedIn possui operação local. Faz muito mais sentido nos relacionarmos diretamente com as agências e os anunciantes”, enfatiza Oliveira. É dessa área que vem, internacionalmente, 30% do faturamento da empresa — os outros 20% vem das assinaturas premium de usuários que desejam mais funcionalidades em seus perfis. Segundo o diretor geral, não são divulgadas as divisões de valores por países, “mas as proporções são semelhantes para o mercado brasileiro”.

Diferencial

Oliveira destaca que o principal diferencial de sua rede social é o foco no relacionamento profissional, separado da abordagem pessoal de outras opções, com destaque para o Facebook — que já ganhou aplicativos e divisões para tentar atrair esse público. “São ambientes diferentes. Posso me relacionar com a mesma pessoa, em diferentes redes, porém, alguns assuntos não são pertinentes para se discutir profissionalmente, e vice-versa. Essa divisão, globalmente, se mostra interessante para grande parte dos usuários, assim como no Brasil”, avalia o diretor geral. Outra desmistificação é quanto à utilização da rede exclusivamente para a busca de oportunidades de trabalho. “Pesquisas indicam que, para 74% de nossos usuários, acompanhar atualizações e se relacionar profissionalmente com outras pessoas é o ponto mais relevante”, comenta.

Na parte comercial, as diversas possibilidades de segmentação atraem, segundo o diretor de soluções de marketing, empresas tanto para se relacionar com público pertinente quanto para vender produtos e serviços. “Com nosso enorme banco de dados, uma empresa pode procurar atrair para sua página perfis muito específicos, como profissionais da área financeira que atuam em empresas alimentícias. Da mesma forma, é possível aproveitar esse recurso para divulgar produtos em geral, indicando mensagens publicitárias para um target extremamente direcionado”, ressalta Olavo Ferreira. Atualmente, utilizam serviços semelhantes empresas como HSBC, Fiat, Citröen, Cisco, SAP, Microsoft e Red Bull, entre outras.