Live marketing surfa na onda de patrocínio e se firma como um ponto de conexão
Segundo o ‘Mapa dos Festivais: Panorama 2023’, houve um crescimento de 138% em eventos dessa categoria, com mais de 300 festivais no país
O ano de 2023 foi de retomada dos eventos e, pelo que já se pôde observar neste quase meio de ano, 2024 não será diferente. O cenário atual se mostra como um terreno fértil para aqueles que querem estampar e projetar suas marcas, já que opções não faltam e, pelo andar do calendário, não vão se esgotar.
Dos exemplos mais recentes, o Brasil acompanhou de perto a chegada e o show de Madonna na Praia de Copacabana, no último dia 4 de maio, e, para além dos patrocinadores oficiais (Itaú e Heineken), muitas outras empresas também se aproveitaram do momento para fazerem parte das conversas em torno do assunto.
No caso de Heineken, por exemplo, uma pesquisa realizada pela Tunad apontou que houve um aumento de 300% nas buscas pela marca e, segundo os dados, esse aumento é um reflexo da forma com que estes eventos podem servir como catalisadores para o consumo de produtos que estejam associados àquele momento.
Além disso, as marcas também deram um show de presença no Lollapalooza, por exemplo, que contou com mais de 20 ativações em todo o Autódromo de Interlagos neste ano. Inclusive, os festivais de música são uma categoria de eventos que tem ganhado cada vez mais espaço nos calendários e, segundo os dados do ‘Mapa dos Festivais: Panorama 2023’, houve um crescimento de 138% em eventos nesse universo. O estudo também mostrou que foram realizados mais de 300 festivais no Brasil em 2023.
E como falar das ativações das marcas, sem falar sobre o live marketing? Com a volta e o crescimento dos eventos no ano passado, o ‘Anuário Brasileiro de Live Marketing’ indicou que o setor apresentou um crescimento de 16% em relação a 2022, somando R$ 100 bilhões em investimentos por parte das empresas e agências que utilizaram as ferramentas de live para construção de marcas, produtos e serviços. Esse aumento foi refletido nas percepções das empresas do mercado. “É um aumento considerável, principalmente se considerarmos o período que vivemos de apagão, na pandemia. As ofertas de patrocínios são cada vez maiores e os modelos apresentados são cada vez mais eficientes para as marcas”, afirma Fernando Figueiredo, CEO da Bullet.
Para a Dream Factory, especificamente, o volume de marcas patrocinadoras teve um aumento de 22% de 2022 para 2023, resultando em um crescimento
de 83% no volume financeiro e 53% no volume de projetos no mesmo período, com base em eventos que foram incentivados em nível federal e estadual do Rio de Janeiro.
Fabio Pacheco, diretor de estratégia criativa da Netza, completou a informação apontando que a empresa tem visto um aumento de demanda de cerca de 30% no investimento das marcas, ano a ano, e a percepção é que isso deve continuar crescendo com outros grandes eventos chegando ao Brasil, como a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-30), que vai acontecer em Belém, no Pará, em 2025.
“Esse crescimento não apenas sublinha a vitalidade do mercado, mas também destaca a necessidade de inovação contínua nas estratégias de patrocínio para garantir que elas se mantenham efetivas e relevantes”, concordou Lutti Colautto, CEO da Lampada.ag.