Magalu e Netflix são as mais transformadoras durante pandemia, aponta estudo
Desde 24 de março, início da pandemia em razão do novo coronavírus, a HSR Specialist Researchers vem realizando o ranking Marcas Transformadoras, com o objetivo de identificar as empresas mais capazes de construir relevância para o consumidor e a força desse ativo no longo prazo. Dez empresas têm se destacado como as marcas que se mantiverem de forma consistente no ranking que já realizou 18 mil entrevistas.
Em dois meses e meio de medições (dez medições semanais, no total), as dez marcas que se mantiverem de forma mais consistente no ranking foram, na ordem: Magazine Luiza (241 pontos – índice de transformação médio no período), Netflix (233), iFood (171), Natura (163), Ambev (151), O Boticário (147), Nestlé (144), Lojas Americanas (134), Mercado Livre (126) e Samsung (124).
Tanto Magazine Luiza como Netflix se consolidaram com uma distância de mais de 60 pontos em relação ao terceiro lugar, o que demonstra a consistência em ambas as gestões de marca ao longo de suas existências. “Magazine Luiza é o que todas as empresas deveriam ser, relevante para todos seus stakeholders na sua essência. A empresa respira solidariedade, engajamento social e inovação não só em momentos de mudança ou crise, apresenta um histórico de atividade social contínuo, o que em momentos críticos ressoam como verdadeiras”, comenta Valéria Rodrigues, sócia-diretora da HSR Specialist Researchers.
Um exemplo claro durante a pandemia, foi a inclusão gratuita dos pequenos varejistas e autônomos em suas plataformas de e-commerce, com todo o suporte necessário para quem nunca tinha tido um contato tão íntimo com o digital; além de suas campanhas contra a violência doméstica que protegem a mulher.
As ações das marcas Netflix e iFood já estão inseridas no cotidiano das pessoas, cujos serviços ganharam muita relevância durante a pandemia – entretenimento indoor e serviços de entrega. A Netflix teve maior destaque entre os jovens, já que é uma marca conhecida por comunicar-se nas redes sociais com uma persona que utiliza ironia, bom humor e transparência. No Twitter, ela se coloca com uma voz ativa, opinando e indicando séries e filmes da concorrência por meio de posts, demonstrando verdadeira preocupação com os consumidores e um espírito democrático, além de indicar também clássicos da literatura para contribuir com seus seguidores durante o período de quarentena.
iFood foi a marca mais ágil na comunicação de suas ações, atuou em diversas frentes garantindo segurança ao entregador e ao consumidor e comunicou o Fundo de Auxílio aos pequenos restaurantes, incentivando o consumo de bairro. A propaganda mais recente mostra todo o ecossistema de seu negócio e como atua, de forma criativa e incluindo ações de solidariedade. “Uma entrega leva a outra. Por isso, a nossa entrega será continuar pensando formas para que todos se entreguem ainda mais”, essa é a assinatura que garante conexão emocional com o consumidor.
“Netflix realizou ajustes na qualidade da transmissão para não sobrecarregar as redes de internet em um momento em que muitas pessoas estão usando ao mesmo tempo. Assim pode continuar a oferecer uma boa experiência para o usuário, evitando quedas de velocidade e travamento nos filmes”, completa Karina Milaré, sócia-diretora da HSR Specialist Researchers.
Inovação e soluções aos consumidores – As três marcas mais bem pontuadas conquistaram índices muito altos em inovação e soluções aos consumidores em momentos de crise e estão na liderança de Marcas Transformadoras, demonstrando o legado que as organizações terá daqui pra frente, na retomada da economia e mostrando caminhos para lidar com o novo perfil do consumidor após o período de grande isolamento social.
“Nesse sentido, as marcas precisam fazer uma leitura minuciosa do cenário para ir ao encontro das necessidades emergentes. A valorização do indivíduo, foco atual das empresas, não será suficiente para as marcas se manterem relevantes e admiradas. Essa equação passa a ter outras demandas, como postura voltada à sociedade, sustentabilidade econômica e visão de longo prazo, entre outros aspectos”, conclui Valéria Rodrigues.
Metodologia
O ranking formado pelo estudo Marcas Transformadoras agrega atributos de imagem alinhados com as tendências de relevância de marca, visibilidade e power of voice (potencial de comunicação da marca considerando o número de seguidores nas redes sociais). A identificação das marcas mais transformadoras passa por um cálculo, combinando essas três informações, gerando pontuação entre 0 e 300 pontos, sendo 100 para cada categoria de dados. Quanto maior a pontuação, mais a marca está associada à postura transformadora.
Para se aferir a relevância da marca e chegar ao resultado final, são identificados seis atributos essenciais neste novo momento, abrangendo: ações voltadas à sociedade; investimentos na segurança de seus consumidores; preparação para oferecer soluções aos clientes em momentos de crise; busca de inovação em momentos de crise; e atuação justa e ética.
O estudo Marcas Transformadoras não faz distinção por área de atuação da empresa e quase todos os segmentos da economia estão presentes no ranking. Desde 24 de março, a HSR já ouviu mais de 18 mil pessoas, das classes sociais A, B e C, em todas as regiões do País.