Maple aposta em serviço extra

Empresa israelense que começou a operar no Brasil em 2014, a Maple chegou ao mercado com algumas propostas: ser uma ferramenta de análise de redes sociais e campanhas, com relatórios personalizados e adaptáveis de acordo com a métrica do anunciante; atuar como um gerenciador de inventário em social e RTB (Real-Time Bidding) com flexibilidade de testes e mudanças; atuar como uma consultoria de plano de mídia que adapta, faz e entrega os resultados; e também retornar 20% de todo pedido para a agência. “Queremos atuar com o sistema de stop-shop, em que oferecemos tudo em um só lugar ao cliente”, explica Eduardo Paschoa, CEO da Maple no país.

Segundo o executivo, um potencial consumidor ao entrar em contato com a Maple e passar detalhes da campanha e qual seu principal objetivo – awareness, performance, engajamento, cliques, downloads – recebe da empresa, em até 24 horas, um plano de mídia para gerenciar, com a flexibilidade para otimização praticamente em tempo real.

“Somos uma facilitadora por oferecer todos os produtos em apenas um lugar. Também fazemos a gestão de compra e venda de mídia e plano de mídia, todo o escopo junto. Vamos entender qual o objetivo do cliente e a estratégia para atingi-lo. Uma vez isso feito, vamos trabalhar em parceria com a agência e o anunciante”, ressalta Paschoa.

Com faturamento de US$ 2 milhões em sete meses de operação, a empresa quer triplicar o valor até o final de 2015 usando o escritório de São Paulo como hub para a América Latina. Seu principal produto é a Essência Maple (do inglês “Maple Syrup”), um dashboard integrado com todas as métricas de cada rede social, bem como interações subdivididas por campanhas e outras alternativas. Os relatórios são gerados automaticamente, mas também contam com a consultoria da equipe da Maple em Tel Aviv (são 130 colaboradores globais) e uma adaptação ao mercado local feita pelo escritório brasileiro.

Apesar de atender anunciantes e startups, o modelo de negócio da Maple é focado em ajudar as próprias agências em um mercado com margens de lucro tão espremidas. “Para as agências, somos uma forma de rentabilizar uma operação que não é necessariamente rentável”, afirma o executivo. “O custo da operação digital é muito alto, com gente, ferramentas, treinamento e outros fatores. Nós tiramos um pouco da obrigação financeira com a nossa operação se pagando e entramos com facilidades para desonerar a agência de alguns custos. Você oferece possibilidade de transformar um centro de custo em uma operação rentável. É atraente para a agência”, conclui Paschoa.