Marca Fallen vira holding e foca mercado internacional

Divulgação

Kenia e Gabriel: foco é tornar marca Fallen mundial

Quem já jogou em lan houses nos anos 2000 sabe: Counter-Strike (CS) era um dos jogos mais queridos desse período. Muitas amizades foram construídas durante corujões e, entre um headshot e outro, poucos pensavam em ganhar dinheiro com aquilo. Entretanto, o mercado se popularizou e, consequentemente, veio a profissionalização. Jogadores de CS começaram a faturar. Um nome se destaca até hoje: Gabriel ‘Fallen’ Toledo.

O brasileiro ajudou o game a permanecer vivo e, nesse ínterim, empreendeu. Em 2014, o jovem nascido em Itararé, interior de São Paulo, lançou seu primeiro negócio: a Games Academy, primeira escola de CS GO do Brasil. Em 2016, nasceu a G.Fallen, marca de periféricos, e a GA Store, e-commerce focado na venda dos equipamentos.

O tempo passou, os negócios amadureceram e, agora, a empresa faz um rebranding para se fortalecer no mercado mundial. Para isso, a MFujii Consultoria desenvolveu a estratégia de negócios alinhada a estratégia monomarca, desenvolvida pela Loria Gestão de Marcas. “A Fallen hoje é a marca mãe. Temos três braços de negócio: a Fallen Store, que é uma loja multimarcas. A Fallen Gear, onde desenvolvemos produtos próprios e temos o terceiro braço que é a Fallen Wear onde produzimos uniforme e vestuário para o mundo do esporte eletrônico”, explica Kenia Toledo, CEO da marca e mãe de Gabriel.

A empresa, que nasceu no quarto do gamer, hoje funciona com 14 pessoas, conta com um galpão de 450m² e está devidamente estruturada. “Temos marketing, e-commerce, financeiro e produtos”, explica a CEO. Os esforços para internacionalizar a empresa não são à toa. Segundo a Goldman Sachs, o mercado de esportes online possui projeção de crescimento de receita anual de US$ 655M em 2017 para US$ 2.96B em 2022. O foco no Brasil é evidente, pois é o terceiro mercado em número de espectadores no mundo.

“Isso [a internacionalização] está caminhando a passos largos. Nós já temos várias parcerias com marcas internacionais. E estamos estudando a melhor forma de levar nossa marca para fora”, explica a executiva que afirma: vestuário é a área que, fatalmente, será internacionalizada primeira.

E os negócios não se restringem apenas ao Counter Strike. A Fallen possui estratégias para expandir a marca além do nicho do game de tiro em primeira pessoa. “Fizemos uma parceria com o PUBG (PlayerUnknown’s Battlegrounds é um game eletrônico multiplayer) diretamente com a desenvolvedora do jogo”, exemplifica.

Hoje, Gabriel ‘Fallen’ participa apenas das decisões estratégicas. “Por exemplo: qual produto iremos lançar? Qual público pretendemos atingir? A parte operacional e de planejamento ele não consegue. Ele está totalmente focado em jogar. Ele precisa estar focado nisso”, finaliza Kenia.