Marca mais valiosa do mundo, Amazon cresce 24,6% em 2018

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Amazon manteve seu título como valor de US$ 187,9 bilhões, cifra supera em mais de US$ 30 bilhões a Apple, que figura em segundo lugar

Todos os anos a Brand Finance elenca as 500 marcas mais valiosas do mundo. O ranking abrange todos os setores e regiões e a Amazon defendeu a primeira posição após um crescimento de 24,6%. O relatório, que traz Apple e Google em segundo e terceiro lugares respectivamente, foi apresentado essa semana no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

De acordo com o levantamento, a Amazon manteve seu título como um valor de marca de US$ 187,9 bilhões. A cifra supera em mais de US$ 30 bilhões a Apple, que figura em segundo lugar.

No ano passado, a Amazon registrou seu Prime Day com consumidores comprando mais de 100 milhões de produtos. Logo após esse recorde, a marca cruzou pela primeira vez o limite de US$ 1 trilhão em Wall Street.

Mesmo com a expansão da marca em novos setores, o recém-anunciado divórcio do seu fundador e CEO, Jeff Bezos, impõe um desafio à reputação da empresa, devido a uma potencial mudança de estrutura acionária. Segundo o relatório da Brand Finance, o processo de separação de Bezos pode custar à Amazon mais de US$ 10 bilhões.

Top dez mais valiosas

As dez primeiras empresas no ranking são Amazon, Apple, Google, Microsoft, Samsung, AT&T, Facebook, ICBC, Verizon e China Construction Bank. Enquanto as marcas de tecnologia lideram o ranking, a Microsoft retorna ao top cinco com 47% de crescimento de valor da marca, e o Facebook vê sua força afetada por escândalos.

A resposta da China à Netflix, iQiyi, é a marca que mais cresce no mundo, com um aumento de 326% ao ano, três vezes o aumento de 105% de seu equivalente nos Estados Unidos. As marcas chinesas também subiram no ranking e, juntas, superam US$ 1 trilhão.

O relatório analisa, ainda, regionalmente o valor das marcas das empresas. Enquanto a Amazon é a marca B2C mais valiosa nas Americas, a IBM lidera o segmento B2B com um valor de marca de US$ 32,9 bilhões, apesar de uma queda no ranking de 31º para o 40º lugar.

Mesmo com o declínio nas vendas totais de carros em 2018, a Mercedes-Benz continua a ser a marca B2C mais valiosa na Europa e acumula US$ 60,4 bilhões, alta de 26% em relação a 2018.

Nos Emirados Árabes, a Companhia Nacional de Petróleo de Abu Dhabi (ADNOC) é a marca B2B mais valiosa da região, ostentando um valor de marca de US$ 8,9 bilhões. Ainda que diminuindo em 1% o valor de marca para US$ 91,3 bilhões, a Samsung continua sendo o B2C mais valioso na Ásia.

Cenário nacional

O Brasil figura no relatório com cinco marcas. O Itaú é a primeira, na posição 297 de 500. No ano passado, o banco aparecia na posição 206. Na sequência estão Bradesco (posição 338); Petrobrás em 436º lugar (era 346º em 2018); Banco do Brasil, na posição 447; e Caixa, em 490.

Sem considerar a Caixa, que apareceu pela primeira vez na lista, as demais marcas brasileiras perderam posições importantes no ranking. O enfraquecimento é consequência dos momentos político e econômico do país nos últimos anos.  

Outros dados

O relatório aponta também que a Ferrari acelera para reivindicar o título de marca mais forte do mundo, com uma pontuação de 94,8 em 100 e uma classificação AAA. Além disso, três das quatro grandes marcas: Deloitte, PwC e EY, ranquearam com classificação de força AAA+.