Marketing Best Sustentabilidade apresenta os cases vencedores
Organizada pela MadiaMundoMarketing e pela Editora Referência, a 15ª edição do Marketing Best Sustentabilidade teve os cases vencedores (veja tabela completa ao lado) divulgados no último dia 29, em São Paulo.
A premiação reflete a importância que o tema sustentabilidade passou a ter nas estruturas das empresas, não apenas como um instrumento de branding, mas como apelo de relacionamento junto às áreas de influência de uma marca, produto ou serviço.
“As empresas evoluíram muito nessa área. A Friboi, por exemplo, desenvolveu o projeto Chefs Especiais, que emociona quem tem acesso ao conteúdo. O Marketing Best Sustentabilidade é uma oportunidade para exibir esse lado não muito visto das empresas. E o Brasil vem evoluindo nesse tema; o prêmio reconhece esse esforço, que deve ser estimulado”, disse Armando Ferrentini, publisher da Editora Referência.
Veja nesta e nas páginas 49 e 50 o resumo dos noves cases vencedores na edição deste ano da premiação.
A festa para a entrega dos troféus aos vencedores está programada para o próximo dia 18, em São Paulo.
O júri que analisou e escolheu os trabalhos foi presidido por Décio Clemente (presidente da DClemente & Associados e comentarista de marketing da Rádio Jovem Pan) e contou com a participação de Francisco Alberto Madia de Souza (presidente da MadiaMundoMarketing e da Abramark – Academia Brasileira de Marketing), e Mílton Mira de Assumpção Filho (presidente da M.Books e integrante da Abramark).
Instituto levanta bandeira da educação e conquista jurados
Se há um consenso no Brasil é o de que a educação merece ter maior atenção para que este se torne um país melhor. Sabendo desta deficiência, o Instituto NET Claro Embratel direcionou para o tema as ações de responsabilidade social da telecom.
O portal NET Educação tem como público-alvo professores e comunidades escolares e coloca à disposição dos usuários planos de aula, objetos de aprendizagem, vídeos, áudios, jogos, notícias, entrevistas e reportagens que se concentram no segmento.
O site foi criado em 2004, ainda na gestão da área de marketing da NET Serviços. Quatro anos depois, o projeto passou para a área de responsabilidade social da empresa. Em 2010, o NET Educação ganhou um canal no YouTube e, dois anos depois, ampliou suas redes sociais, chegando ao Facebook e ao Twitter.
Desde o ano passado, o portal passou a disponibilizar os vídeos tanto no YouTube como nas páginas do site. O portal hoje conta com uma equipe de 25 colaboradores, entre jornalistas, consultoras pedagógicas, produtores de conteúdo, analistas de redes sociais, professores e colunistas.
O resultado positivo da iniciativa reverteu-se em prêmio na edição deste ano do Marketing Best.
Projetos sociais de alunos resultam em premiação para escola
Para provar na prática seu conceito Gente que transforma o mundo se forma na ESPM, a escola reuniu três histórias de sucesso profissional e empresarial contadas por meio de TCCs de seus alunos: Museu da Criança – voltado para o ensino de história da arte para crianças entre 4 e 12 anos, a expansão do Solar Ear – empresa de soluções auditivas – e a implantação do Empório Dona Xepa – um hortifruti com foco em produtos fora do padrão estético a preços mais acessíveis. Em comum, o envolvimento de alunos da ESPM, sua criatividade, pensamento inovador e os conhecimentos adquiridos em marketing, negócios e capacidade de fazer a diferença no mercado, na sociedade e no mundo. O projeto do museu ampliou o número de visitantes a museus no Brasil, enquanto o da Solar Ear criou a Van da Saúde, que leva assistência a deficientes auditivos em todo o Brasil. O Empório Dona Xepa prevê um faturamento de mais de R$ 3 milhões para o quinto ano de operação, provando ser uma solução acertada contra o desperdício de alimentos no Brasil.
Plataforma digital ajuda a empregar refugiados
A plataforma digital Estou refugiado foi criada por Luciana M. G. Capobianco e Gisela Rao, com o objetivo de conectar a sociedade brasileira às pessoas que estão refugiadas e precisam de ajuda para reconstruir suas vidas. A ideia é gerar oportunidades de emprego inspiradas na experiência de Muhammad Yunus e o seu Grameen Bank. A proposta consiste em promover as vagas para os refugiados como um assunto de direitos humanos.
A primeira ação do projeto foi a criação de um vídeo com um teste social usando Tinder, aplicativo de paquera que incentiva o encontro de usuários através de “matches” e interesses comuns. A repercussão teve 40 ofertas espontâneas de emprego logo de cara. A divulgação seguiu nas redes sociais e, então, foram criadas campanhas de financiamento coletivo para que os refugiados tivessem dinheiro para se deslocar na busca por um emprego. Ao todo, foram conquistadas mais de 500 ofertas de emprego e dezenas de refugiados já estão empregados.
Friboi tem dois trabalhos destacados este ano
A Friboi conquistou dois troféus no Marketing Best Sustentabilidade. Um deles para o Instituto Chefs Especiais, que nasceu para promover inclusão social e aumentar a qualidade de vida de portadores de síndrome de Down por meio de diversas aulas, oficinas e atividades gratuitas. Querendo aproximar as pessoas da realidade dos Chefs Especiais, a Friboi aproveitou sua visibilidade e seus recursos de marca para produzir uma série de experiências, atividades e conteúdos. A comunicação privilegiou filmes comemorativos em datas especiais. No Dia das Mães, os Chefs Especiais fizeram uma surpresa e parabenizaram suas mães com um almoço. Os filmes impactaram mais de 23 milhões de pessoas. O instituto também ganhou notoriedade, tendo destaque em programas como Encontro com Fátima Bernardes, Mais Você e Jornal da Cultura.
Outro case premiado foi Confiança do início ao fim, já que garantir a origem confiável do produto que vai às gôndolas é umas das principais preocupações da JBS, dona da Friboi. A empresa implantou uma série de ações com o objetivo de selecionar fornecedores que seguem padrões socioambientais rígidos e estão em conformidade com as regulamentações dos órgãos federais. Mesmo com a implantação das ações internas e com a recente intensificação das ações do governo federal na fiscalização da cadeia de produção da carne, ainda não é possível garantir ao consumidor a origem da carne que consome.
Por isso, a JBS investiu na campanha Confiança do início ao fim, com o objetivo de educar e alertar varejistas, pecuaristas e produtores rurais da importância de garantir a origem do produto que é comercializado. Com isso, a Friboi atingiu altos níveis de assertividade com seu Sistema de Monitoramento, garantindo assim a origem responsável de seus produtos, além de ser a companhia de alimentos – entre 152 pesquisadas no mundo – que mais avançou nas ações para evitar o desmatamento em toda a sua cadeia de fornecimento.
Atletas se unem e criam associação para reabilitação de jovens
Há cerca de três anos surgiu o Instituto Remo Meu Rumo, resultado da união de um grupo de amigos, liderado pela atleta e médica ortopedista Patrícia Moreno e pelo atleta e executivo Candido Leonelli, com a missão de auxiliar na reabilitação de crianças e adolescentes com deficiência física, para que eles tivessem a oportunidade de desenvolver autonomia e também fortalecer a condição física e mental.
Outro ponto importante é o desenvolvimento do senso de autorrealização e uma postura vencedora.
A ONG foi criada com chancela do IOT (Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas) e tem como parceiro o Cepe USP (Centro de Praticas Esportivas da USP), onde acontecem as atividades.
O portal www.remomeurumo.org.br foi desenvolvido em parceria com a agência Tritone e a Momentum-McCann, que dividem com a instituição a organização de eventos e a captação de recursos, leilões e festas para os alunos.
Mais de 50 jovens já foram capacitados em atividades como remo adaptado, canoagem e natação inclusiva.
AACD enfrenta crise e continua atendendo pacientes em SP
O ano de 2015 marcou a história da AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente). Inaugurada em 1950, a instituição completou 65 anos de atividades.
O período deveria ser de festa, mas foi marcado pelo fechamento de duas unidades da associação em São Paulo, onde um total de 330 pessoas era atendido.
Inspirada nos próprios pacientes, que por meio das conquistas diárias mostram a importância de romper barreiras, a AACD agiu para garantir que essas mesmas pessoas, até então atendidas em Campo Grande e Santana, continuariam a receber auxílio.
Com nova diretoria, focada na gestão das contas, medidas extremas foram tomadas. Entre uma das mais importantes destaca-se o fato de que todos os pacientes da Unidade Santana tiveram seus atendimentos remanejados para a AACD Mooca, nos mesmos dias e horários. Além disso, um trabalho de comunicação foi desenvolvido pela associação, garantindo que nenhuma informação equivocada vazasse.
No Teleton, outra vitória sobre a crise: mais de R$ 31 milhões em doações foram arrecadados, demonstrando que a população acredita e confia no trabalho da instituição, mesmo nos momentos mais difíceis.
Viva e Deixe Viver é referência em gestão de voluntariado
A Associação Viva e Deixe Viver inovou ao ampliar as possibilidades do voluntariado no Brasil e garantiu a sua sustentabilidade a partir da valorização e da valoração da hora voluntária – em um cenário em que multiplicaram-se as ONGS no país, sem, no entanto, terem se multiplicado as verbas. A associação buscou a excelência na capacitação dos seus voluntários contadores de histórias e na luta pela humanização da saúde.
Eles são capacitados e possuem, por exemplo, um diário em que relatam as atividades do dia, que são tabuladas e analisadas, quantitativa e qualitativamente, produzindo indicadores importantes para melhorias no Viva e de seus parceiros.
Um das ferramentas usadas para elaborar projetos é o Project, plataforma que permite organizar atividades realizadas; custos; procedimentos futuros; e o tempo necessário para a realização das atividades. A associação tornou-se referência em gestão de voluntariado.
Apae desenvolve ação pela inclusão e gera conscientização
Nem todo mundo sabe, mas a cidade de São Paulo é a casa de aproximadamente 140 mil crianças e jovens, de até 24 anos, com alguma deficiência intelectual. Talvez pela falta de conhecimento, a capital paulista ainda seja pouco inclusiva. Para contribuir com a mudança desse quadro, a Apae de São Paulo desenvolveu o projeto Defendendo direitos e enfrentando a violência, que atua em duas frentes. Na primeira, o objetivo é conscientizar a população sobre a questão da negligência e violação de direitos das pessoas com deficiência intelectual. Na segunda, a ideia é oferecer atendimento jurídico psicossocial e intervenções que assegurem uma melhoria no desenvolvimento humano dessas crianças e adolescentes.
O projeto e as informações em prol da inclusão que ele continha foram divulgados com campanha de marketing desenvolvida pela Zero11, parceira da Apae, e veiculada nas revistas Ana Maria, Sou + Eu, Minha Novela e Viva! mais, além dos jornais Agora S.Paulo e Diário de S. Paulo. O resultado foi uma exposição na mídia equivalente a R$ 168.248,00 auditados pelo Ibope e mais de 514 likes e 154 compartilhamentos no Facebook, onde alcançou mais de 10 mil pessoas a partir de um investimento pequeno. Já no Twitter, a divulgação alcançou quase 2 mil pessoas. Prova de que, agora, mais pessoas já têm acesso a informações que podem transformar a sociedade.