Marketing global deve chegar a US$ 1 trilhão em 2017
O GroupM, do WPP, compartilhou sua previsão global de investimentos em publicidade para 2017. A a expectiva para o ano que vem é de US$ 552 bilhões, e quando combinado com outros serviços de marketing, pode chegar a um total de US$ 1 trilhão pela primeira vez. Entretanto, a desaceleração do crescimento na China e no Brasil fez o GroupM rever sua estimativa para 2016, baixando de 4,5%, previstos anteriormente, para 4,0%.
Depois de um 2015 de crescimento lento, o mercado das comunicações no Brasil está sentindo os efeitos da crise econômica em 2016, mas ainda tem esperanças de terminar o ano positivo com crescimento de 1%. A previsão de otimismo, que era de 7% de avanço em 2016, foi frustrada pela continuidade da recessão econômica do país, o aumento do desemprego e a turbulência política.
Com a desaceleração da China, o GroupM acredita que os Estados Unidos vão novamente ser o principal contribuinte do crescimento publicitário mundial este ano, assumindo o lugar que a China ocupa desde 2007. A estimativa de crescimento de publicidade nos Estados Unidos para 2016 foi revisada de 2,7% para 3,1%, impulsionado principalmente por um mercado de TV mais saudável, que vai crescer 3,4% em 2016, em vez de 2,3% previstos anteriormente.
Apoiada por finanças estáveis, demanda urbana sustentada e reformas importantes, a Índia continua a ter o mais rápido crescimento econômico com uma taxa de execução anual prevista em 14% e 15% em 2016 e 2017. De acordo com estimativas do GroupM, a Índia está a caminho de se tornar o décimo mercado de publicidade, com mais de US$ 10 bilhões de investimentos anuais em 2018.
Enquanto isso, na Rússia, quarto mercado do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), onde a economia e os meios de investimentos encolheram 3,7% e 10%, respectivamente, em 2015, a recuperação muito rápida no primeiro trimestre deste ano provavelmente não é sustentável dada a falta de provas de que o PIB ou a renda do consumidor estão melhorando.
O diretor do GroupM, Adam Smith, deu uma atenção especial ao impacto do voto do Reino Unido para sair da União Europeia. “Neste momento, não há nenhuma evidência tangível do efeito Brexit nos indicadores e nem nas decisões de orçamento. No entanto, nos próximos seis meses a um ano, é provável que as empresas vão investir menos na criação de empregos, aumento dos salários e a produtividade será menor também. Esta é uma diferença de grau, não de magnitudade”, afirma Smith.