“Mean” Joe Greene relembra icônico comercial da Coca-Cola

Um cara durão. Essa era a fama de “Mean” Joe Greene em 1979, quando defendia o Pittsburgh Steelers na NFL. O apelido “Mean”, malvado, em inglês, era a tradução perfeita para seu estilo de jogo realmente intimidador. Mas a imagem que foi eternizada do atleta, no entanto, foi a de um cara gentil e sensível. E a culpa foi da Coca-Cola.

No icônico comercial “Mean”, exibido pela marca no Super Bowl XIV (1979), Greene aparece desconsolado após sair do jogo com uma contusão. A caminho do vestiário, um garotinho lhe oferece uma Coca-Cola e palavras de incentivo. Em troca, o grandalhão dá ao menino sua camisa.

Passados 40 anos desde então, a alcunha de durão obviamente não faz mais o menor sentido. Mas o comercial permanece na memória como um dos mais marcantes da história do Super Bowl. E para marcar o aniversário da estreia do filme, criado pela McCann, a Coca-Cola levou Greene para um bate-papo especial com seus fãs em Atlanta, sede da marca, e também cidade que recebe neste domingo (3) o Super Bowl LIII.

Danúbia Paraizo

Aos 72 anos, Greene relembrou nesta sexta-feira (1) o impacto do comercial em sua trajetória

“No filme eu estava muito nervoso de ter que sair de campo. No começo, o garoto me ofereceu a Coca-Cola e logo de primeira eu neguei, mas ele foi persistente. Na verdade, ele só queria me oferecer um gole, mas eu acabei tomando a garrafa toda”, relembrou Greene, tirando risos da plateia. “Ele então abaixou a cabeça e eu percebi que estava decepcionado. Dei então minha camisa para o garoto. Acho que aquele momento trouxe um pouco de humanidade ao mundo e ressoou para muita gente”.

Questionado sobre o impacto que o comercial tem até os dias de hoje, inclusive, com as novas gerações de torcedores, Greene relembrou as vezes em que participava de treinos abertos ao público ou mesmo em eventos mais recentes que as crianças costumam correr em sua direção com uma garrafa de Coca-Cola na esperança de receber em troca uma camisa. As mais sortudas ainda conseguem, confessou, Greene.

Bastidores

Apesar de Atlanta ser a cidade Natal da Coca-Cola, é sua concorrente – a Pepsi – a patrocinadora oficial do Super Bowl LIII, o que significa que a  marca famosa por seu urso Polar não pode  se associar ao evento de nenhuma maneira.  Tanto é que o bate-papo com Greene foi pouquíssimo divulgado e houve todo o cuidado ao longo do evento para que não fosse feita nenhuma associação entre a marca e o Super Bowl deste ano.

Mas para não ficar de fora do Big Game – até porque a Coca é um dos anunciantes mais longevos da história do Super Bowl – , a saída foi comprar 60 segundos para exibir seu comercial durante o jogo do New England Patriots e Los Angeles Rams neste domingo (3).  Só que houve outro porém: como todos os espaços publicitários para marcas de refrigerante  foram negociados prioritariamente com a Pepsi, restou para a Coca-Cola veicular sua campanha logo após o hino nacional – e não em um dos intervalos da partida – , o que não é comum para a marca.  

Acompanhe o filme da Coca-Cola para este ano. A peça tem criação da Wieden+Kennedy e animação da Psyop.

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