Projeto Radar, do Spotify, antecipa a carreira internacional de 40 novos talentos da música de cinco países da AL (Divulgação)

A Soko demonstra diversos motivos para ter sido a agência mais votada no Melhores do PROPMARK 2021. Foi a única brasileira em Creative Strategy da edição deste ano de Cannes a ser premiada, com um Leão de Prata para She Can, do Guaraná Antarctica. Para celebrar os cem anos do refrigerante da Ambev, a Soko ainda convidou o brasileiro a virar sócio da marca e, no projeto Presas nos 80, escancarou a falta de equidade entre os investimentos no futebol masculino e feminino durante os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

Já para a plataforma antirracismo A Uber não é para você, trouxe conteúdos educativos sobre racismo para motoristas e passageiros. Peças de OOH ganharam as ruas com casos reais de usuários que chegaram a ser banidos do app. Questões sociais vieram à tona também no projeto 4%, da Vivo. Um bot no Twitter respondia com uma sugestão de matéria sobre o esporte feminino sempre que era marcado por um usuário com tweets sobre o universo esportivo masculino.

No bate e rebate, a ideia chegou à final do Profissionais do Ano, que também apontou o trabalho de posicionamento da marca Loft. Entre as ações mais recentes, está Radar, do Spotify, que antecipa a carreira internacional de 40 novos talentos da música de cinco países da América Latina, criando as próprias peças de OOH na Times Square, em Nova York.

“É uma honra receber esse reconhecimento do veículo especializado em comunicação que conta os fatos sobre nossa indústria há mais tempo. Fazer parte dessa história nos traz muita alegria”, declara Felipe Simi, fundador e CEO/CCO da Soko, que no último mês de agosto uniu a sua operação com a CuboCC, em uma decisão pensada para escalar o crescimento de uma agência “pautada em empatia, diversidade e descentralização criativa para criar histórias de marca que geram earned media em primeiro lugar, e que agora também planeja e compra mídia”, acrescenta Simi.

Felipe Simi é fundador e CEO/CCO da Soko (Divulgação)

Bandeiras
Conquiste antes de pagar é o lema que hoje rege a visão de canais da agência. Profissionais de relações públicas trabalham lado a lado com especialistas em mídia paga, uma combinação que garante impactos orgânicos capazes de valorizar o budget do cliente. “Entendemos a votação na Soko no levantamento de 2021 como um reconhecimento sobre o impacto no trabalho criativo da nossa visão contundente de diversidade aliada à nossa metodologia de criação pautada em earned media”, conclui Simi.

O combate a práticas tóxicas por meio de trabalhos criativos passou a ser o projeto de vida do executivo desde que fundou a Soko, há quase seis anos. Igualdade também está nessa luta encampada por vivências que reflitam a proporcionalidade da população. “A nossa visão como agência é que a proporção de colaboradores e liderança seja o mais próxima possível de um espelho da sociedade, não só em gênero, raça, idade e sexualidade, mas também na representação de cada região do país”, frisa Simi.

Esse posicionamento transborda a operação da agência e se aplica em todas as relações construídas ao longo da cadeia de comunicação, provocando clientes, produtoras e até os planos de influência das marcas. A meta é instigar a proporcionalidade como norte para compor times de trabalho e escolha de casting, entre outras etapas.

Nos últimos 18 meses, a Soko triplicou de tamanho e hoje soma 300 pessoas. Campanhas, conteúdo e PR são os pilares de atuação balizados por inteligência de dados e criatividade. A lição que fica para 2022? Jamais desviar dessa essência.