Marketing de influência é considerado parte central das estratégias das marcas (Divulgação)

A terceira edição da pesquisa ROI e Influência 2021, realizada pela consultoria Youpix em parceria com a empresa de pesquisa AlgoritmCOM, mostra que 71% dos líderes das 94 empresas consultadas consideram o marketing de Influência como o eixo das estratégias de comunicação, especialmente no cenário de distanciamento imposto pela pandemia da Covid-19 (83%). A previsão é que o investimento em ações com influencers aumente 71% neste ano em relação a 2020.

Apesar de reconhecer a relevância das ações, o mercado ainda não aprendeu a avaliar os resultados e não há consenso sobre o melhor modelo a ser seguido devido às especificidades de cada área. A soma do alcance e engajamento dos posts persiste como o principal parâmetro de eficácia para 82% das marcas. “Isso diz pouco ou quase nada sobre o verdadeiro resultado da influência, visto que alcance e engajamento não demonstram o impacto da ação para o negócio”, alerta Bia Granja, sócia e consultora de influência da Youpix.

A pesquisa revela que 40,6% das marcas não estabelece e nem cobra resultados. “Isso deve ser feito antes da ação, no momento do planejamento. Se não sabemos onde queremos chegar e como vamos medir, nossa atuação se torna tática e não conseguiremos mensurar nada além de alcance e engajamento de posts”, adverte Bia. A dificuldade de quantificar resultados e provar a efetividade do influenciador (72%), a dificuldade de encontrar o influenciador certo para a marca (35%), o elevado custo (32%) e a carência de profissionalização (27%) explicam os motivos que impedem as marcas de investirem mais em influência.

Ainda assim, a alta média das verbas foi de 68%, entre R$ 300 mil e R$ 1,5 milhão de 2019 para 2021. Contratação direta de influenciadores (80%); conteúdo, produção e edição (79%); tecnologia e ferramentas (65%), estão entre os itens mais citados. “As marcas não têm mais dúvidas de que o trabalho com influenciadores é essencial dentro do mix de disciplinas de marketing. Isso também se refletiu no budget das marcas: as quantidades de empresas investindo mais de R$5 milhões por ano dobrou”, esclarece Bia.