Mercado alerta sobre violência contra jornalistas no Brasil
As entidades representantivas da imprensa brasileira, Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), Abratel (Associação Brasileira de Rádio e Televisão), Aner (Associação Nacional de Editores de Revistas) e ANJ (Associação Nacional de Jornais), assinam nota conjunta para alertar sobre o aumento da violência praticada contra jornalistas no país.
Veja abaixo a íntegra do comunicado:
Nos últimos dias, uma sucessão de atos de intimidação e de agressões vem sendo praticada contra jornalistas, no exercício da profissão, e os meios de comunicação. Tais acontecimentos somam-se aos 116 casos de ameaças, intimidações, vandalismos, agressões físicas e homicídios praticados contra os profissionais da imprensa no ano de 2015, e que colocam o país no ranking de quinto local do mundo mais arriscado para o exercício da profissão.
É equivocado o pensamento daqueles que creem que os veículos de comunicação são protagonistas do processo político. A imprensa cumpre seu papel constitucional de cobrir e reportar os fatos de interesse da sociedade. É inaceitável, portanto, que as empresas sejam obrigadas a colocar em prática esquemas especiais de proteção a seus repórteres, jornalistas, cinegrafistas, fotógrafos e técnicos. As agressões, danificações de equipamentos ou qualquer ato de vandalismo são formas de intimidar e cercear o trabalho dos veículos de comunicação.
É importante lembrar que toda a ação individual ou coletiva que busque dificultar ou impedir o trabalho da
imprensa atenta contra o Estado Democrático de Direito e as suas garantias constitucionais de liberdade
de expressão e de pensamento.
As entidades signatárias, ao se solidarizarem com os profissionais constrangidos ou agredidos no exercício
de sua profi ssão, reiteram o seu compromisso diário com a sociedade brasileira de cobrir todo e qualquer fato com isenção, de modo a assegurar ao cidadão o pleno acesso à informação e à pluralidade de ideias e de pensamento.