Mercado carioca faz reivindicações a candidatos à prefeitura

O mercado publicitário carioca está levando aos candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro as reivindicações da indústria da comunicação, com o objetivo de abrir um diálogo permanente com o poder público. Para isso, foi criado o Fórum Rio de Comunicação, que realizou nesta terça-feira (11) a primeira edição do Encontro com Candidatos. Na ocasião, estavam presentes o candidato Marcelo Crivella (PRB) e representantes de diversas entidades e agências locais. Marcelo Freixo, que disputa a eleição pelo PSOL, ainda não confirmou participação no próximo encontro.

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Eduardo Moncalvo, Gustavo Oliveira, Marcelo Crivella, Thomaz Naves, Álvaro Rodrigues e Marcio Ehrlich

Uma das reivindicações do Fórum Rio é garantir a presença de um representante do mercado dentro da comissão de licitação quando a prefeitura realizar a licitação para a escolha das novas agências, que deve ocorrer no primeiro trimestre de 2017. O primeiro Encontro com Candidatos foi muito positivo, garante Marcio Ehrlich, secretário-executivo do Fórum Rio de Comunicação. “Houve um afastamento do nosso setor. Procuramos mostrar para o futuro prefeito que ele mantenha conosco um diálogo permanente. Levantamos como solicitação que o mercado tenha presença de um representante dentro da comissão de licitação, quando for realizada a licitação para a escolha das novas agências da nova prefeitura, como forma de dar transparência ao processo”, disse Ehrlich.

Crivella mandou avisar ao mercado que essa é uma ideia muito bem-vinda, porque ele tem como lema “Com Crivella não tem panela”. O candidato abriu a apresentação exatamente no ponto que tem sido mais criticado, de que poderia privilegiar os evangélicos na sua gestão, incluindo a TV Record, cujo dono é o bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus. “Ele fez questão de declarar ao mercado que isso não vai acontecer, porque ele sabe que existem diferenças de audiência. E que as emissoras vão ter a participação que a área de mídia da prefeitura indicar que seja mais recomendada tecnicamente. Crivella garantiu que não vai favorecer a Record em detrimento da Globo, só porque a Record é ligada a uma igreja evangélica”, frisou Ehrlich.

“O encontro foi muito positivo. Procuramos mostrar que o turismo de negócio, que traz um turista de alto poder aquisitivo ao Rio, não pode ser esquecido. Além disso, falamos sobre o esvaziamento do mercado carioca, da perda de contas para São Paulo e que as agências sediadas na cidade geram receita para a prefeitura. Queremos que a indústria da comunicação tenha contato permanente com a área de comunicação da prefeitura. É uma coisa que não vem acontecendo. Achamos que o fórum pode ser uma grande possibilidade de estar junto com o governo defendendo a posição do nosso setor, de uma forma técnica e colaborativa”, destacou Ehrlich.

Dentre os representantes das entidades que apoiam e participam do Fórum Rio de Comunicação, estavam presentes o presidente da Abap Rio, Gustavo Oliveira, o presidente do Sinapro-RJ, Eduardo Moncalvo, o presidente da ABP, Álvaro Rodrigues, o presidente da ABMN, Thomaz Naves, além de Marcio Borges, da WMcCann, e Rodrigo Medina, da Artplan. O encontro reuniu aproximadamente 150 pessoas.