Mercado de embalagens recua
A produção de embalagens registrou queda de 3,48% no primeiro semestre do ano em comparação com o mesmo período de 2011, segundo estudo divulgado na última semana pela Abre (Associação Brasileira de Embalagem), elaborado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). No mesmo intervalo, a produção industrial nacional caiu 3,81%.
O levantamento apresentado por Salomão Quadros, coordenador de análises econômicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, apontou que a maior queda na produção foi sentida pelos fabricantes de embalagens de vidro, com 10,88%, seguido por madeira, 8,8%; e metal, 7,10%. O segmento de papel, papelão e cartão foi o único a crescer, 1,36%. Na segmentação por indústrias que usam embalagens, os maiores recuos foram em “fumo” e “vestuário e acessórios”, com 16,81% e 13,08%, respectivamente.
O estudo demonstra ainda que o faturamento com a exportação de embalagens aumentou 8,86% no semestre, ante os primeiros seis meses de 2011. O mercado chegou a US$ 249,8 milhões, alavancado pela alta dos fabricantes de embalagens plásticas, 39,25%, e metálicas, 31,27%. O número, contudo, foi inferior às importações, de US$ 411,3, que avançaram 5,42% no intervalo. Com isso, a balança comercial ficou deficitária em US$ 161,4 milhões.
A expectativa é a de que o setor reaja acompanhando a expansão da produção industrial como um todo, reflexo das medidas de estímulo, queda da inadimplência e a autorização pela União para financiamentos adicionais aos estados para investimentos. Isso, porém, não deve fazer com que o setor encerre o ano no azul. A previsão é de retração de 1% na produção. Os fabricantes nacionais devem obter receita líquida equivalente a R$ 47 bilhões no ano.