Mercado global de publicidade deve crescer 7,4% em 2025 após impulso das redes sociais

Relatório da Warc aponta que plataformas digitais concentram nove em cada dez dólares investidos

Um estudo divulgado pela Warc prevê que os investimentos globais em publicidade devem alcançar US$ 1,17 trilhão em 2025, crescimento de 7,4% em relação ao ano anterior. O número representa uma revisão positiva de 1,2 ponto percentual em relação à projeção de junho, impulsionada pelo desempenho do segundo trimestre, quando as redes sociais registraram alta acima do esperado.

Segundo o relatório, nove em cada dez dólares adicionais no mercado publicitário global têm como destino plataformas digitais. Só as redes sociais devem somar US$ 306,4 bilhões neste ano, o equivalente a 26,2% de todos os investimentos em mídia. A previsão é de que esse volume alcance US$ 386,9 bilhões até 2027, ou 28,5% do total.

Meta, Alphabet e Amazon devem captar juntas US$ 524,4 bilhões em 2025, o equivalente a 55,8% do mercado publicitário fora da China. A expectativa é que essa fatia ultrapasse 60% até 2030. Dentro das redes sociais, o Instagram cresce a uma média de 16,4% ao ano, acima do Facebook (10,4%), mas atrás do TikTok, que deve avançar 21,6% ao ano e atingir 11,7% de participação em 2027.

A publicidade em busca (search) deve movimentar US$ 253,2 bilhões em 2025, com o Google respondendo por 86% do total. Já o varejo digital (retail media) deve alcançar US$ 175 bilhões, com a Amazon representando mais de um terço desse segmento.

James McDonald, diretor de dados e inteligência da WARC, observa que a resiliência do setor contrasta com o cenário macroeconômico: “Apesar das pressões econômicas, as marcas estão intensificando investimentos em plataformas digitais. O mercado deve praticamente dobrar de tamanho desde a pandemia, evidenciando a força da publicidade mesmo em condições adversas”.

O levantamento da Warc reúne dados de 100 mercados e mostra que, desde 2020, setores como vestuário, turismo e nicotina foram os que mais expandiram investimentos. No mesmo período, mídia impressa e TV aberta seguem em queda acentuada, enquanto plataformas digitais de vídeo, áudio e varejo concentram a maior parte da expansão.

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