Costolo, Dauman e Sorrell participam do Cannes Debate deste ano

 

Mais morno que em anos anteriores, o Cannes Debate liberado por Martin Sorrell, presidente do grupo WPP, discorreu nesta sexta-feira (20) em torno de dois gigantes da mídia mundial, Twitter – representado por seu presidente, Dick Costolo – e a Viacom Inc., presidida por Philippe Dauman. Interessado em fusões e aquisições, Sorrell quis saber as possibilidades de uma fusão entre as duas empresas, pergunta que naturalmente não foi respondida pelos participantes. O Brasil aparece, como sempre, para ambas as empresas, como um dos mercados mais fortes e interessantes em oportunidades. Ambas não parecem preocupadas demais com a concorrência e se consideram únicas.

“O que fazemos, na magnitude com que fazemos, não tem concorrência no mercado. Não podemos sequer ser comparados ao Facebook em termos de usuários, pois temos uma audiência que independe de usuários ativos”, comentou Costolo.

Segundo ele, o maior desafio é chegar à China, mas a empresa não está disposta a fazer concessões. A empresa também investe cada vez mais em e-commerce, permitindo por exemplo compras instantâneas via um Tweet fazendo parcerias com empresas como a Amazon (#amazoncart).

Para Dauman, da Viacom, a concorrência anda acirrada é em termos de criatividade em conteúdo, algo em que eles estão de olho mundo afora me plataformas como o YouTube, por exemplo. Este é o maior desafio.

Sorrell exibiu para a platéia um slide de meios com dados comparativos de audiência e o tempo dispendido pelas pessoas nas mídias em relação aos investimentos de publicidade que recebem, nos Estados Unidos (os dados são da @KPCB).

Em mídia impressa, por exemplo, há a maior disparidade: o investimento é de 19% enquanto a audiência é de 5%. Em rádio, o tempo despendido é de 12% e o investimento de 10%. A TV tem 38% da atenção das audiência e 45% dos investimentos publicitários, a internet 25% da audiência e 22% e mobile, considerada por todos a grande oportunidade e o maior assunto em Cannes este ano, recebe 20% da audiência e tem apenas 4% dos investimentos.

“A oportunidade em mobile é extraordinária, especialmente em países como o Brasil”, encerrou Costolo.