Mulheres mantêm o maior poder de decisão sobre as compras e afazeres domésticos (Crédito Freepik)

A falta de dinheiro para a compra de alimentos preocupou metade das mulheres ouvidas pela pesquisa Igualdade de Gênero em Casa (Survey on Gender Equality at Home Report), enquanto os homens ficam com 39% do volume apurado pelo levantamento global do Facebook realizado em parceria com o Banco Mundial, ONU Mulheres, Ladysmith e EqualMeasures2030.

O dado se refere aos 30 dias anteriores à pesquisa desenvolvida entre os dias 16 e 25 de julho de 2020 com 461.748 pessoas em todo o mundo, sendo 6.280 no Brasil. O contingente ouvido usa o Facebook em 208 países, territórios e ilhas em 80 idiomas. Os entrevistados foram convidados para participarem da pesquisa e responderam dentro do app do Facebook com presença opcional e não remunerada.

O estudo confirma que as mulheres mantêm o maior poder de decisão sobre as compras e afazeres domésticos. O tempo gasto cuidando de membros da família durante a pandemia do novo coronavírus aumentou 64% para as mulheres e 59% entre os homens. O cenário se repete nas tarefas domésticas, que cresceu 59% para as mulheres e 44% para os homens.   

Apesar da realidade, 96% dos entrevistados concordaram que homens e mulheres devem ter oportunidades iguais, seja na educação, na busca por empregos ou na tomada de decisões do lar. Vale destacar que 97% das participantes acatam essa afirmação contra 95% dos homens.

Durante a pandemia da COVID-19, 55% admitiram que ter dinheiro suficiente para sustentar a sua família era a principal preocupação (56% das mulheres versus 53% dos homens); 42% reconheceram a apreensão com o futuro do trabalho (41% das mulheres contra 44% dos homens); e 35% demonstraram receio com o acesso aos cuidados de saúde (38% das mulheres ante 31% dos homens).

O relatório completo da pesquisa traz os dados de todos os temas investigados: poder de decisão sobre os recursos familiares, cuidados não remunerados e trabalho doméstico, atitudes e crenças sobre a igualdade de gênero, impacto da COVID-19 e disparidade de gêneros.