Estimulada pelo avanço da vacinação e o retorno das atividades, a economia criativa criou 590 mil postos de trabalho no segundo trimestre deste ano, registrando um aumento de 9% frente ao mesmo período do ano anterior.

No total, o segmento fechou junho com 6,8 milhões de trabalhadores em atividade contra 6,2 milhões em igual intervalo do ano passado, de acordo com levantamento do Painel de Dados do Observatório Itaú Cultural, que acompanha a evolução do emprego na economia criativa a partir de dados da Pnad Contínua.

Com o resultado, o número de postos de trabalho na economia criativa volta a ficar próximo do verificado no segundo trimestre de 2019, no período pré-pandemia, quando havia 6,9 milhões de trabalhadores empregados no segmento.

Estudo do Itaú Cultural mostrou que a informalidade avançou no Brasil (Firmbee/ Unsplash)

Entretanto, segundo o estudo, a recuperação na economia criativa veio acompanhada da deterioração da qualidade dos postos oferecidos, com o avanço da informalidade. O número de postos informais (trabalhadores sem carteira assinada e profissionais empregadores ou conta-própria sem cadastro formal de CNPJ) cresceu 19% no comparativo do segundo trimestre de 2021 contra igual período do ano anterior.

Em 2020, o número de trabalhadores nesta condição somava 2, 2 milhões. Este ano, ao final de junho eram 2,6 milhões trabalhando sem registo formal na economia criativa. A expansão da oferta de postos formais, no mesmo intervalo, cresceu em ritmo menor (4%). No segundo trimestre de 2020 havia 4 milhões de trabalhadores formais no setor. Em junho deste ano, eram 4,1 milhões.