Houve um aumento de 87% no investimento em transformação digital em empresas do varejo brasileiro. Esse é um dos principais resultados da 3ª edição de um estudo desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) em parceria com Oasis Lab Innovation Space.

Segundo essa edição do material, 0,73% do faturamento bruto dos varejistas são destinados a transformação digital (pesquisa do ano passado mostrava 0,39%).

Para as empresas do varejo, os investimentos em ferramentas utilizadas nas lojas físicas refletem em melhora da experiência do consumidor e em auxiliar sua tomada de decisão.

Ainda de acordo com a análise feita pela SBVC, 97% dos varejistas acreditam que líderes são co-criadores, e trabalham em parceria com seus funcionários. Segundo Hélio Biagi, co-fundador do OasisLab Innovation Space, isso vale para o mercado como um todo. “A inovação colaborativa e uma cultura de co-criação entre líderes e funcionários são fatores preponderantes para a aceleração digital, que se torna ainda mais relevante neste cenário de pandemia”, diz.

Estudo foi desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo SBVC em parceria com Oasis Lab Innovation Space (Foto: Blake Wisz / Usplash)

Outro tema destacado pelos varejistas é o trabalho remoto, que passou de 23% em 2019 para 62% em 2020 e para 85% em 2021.

Em relação às principais ferramentas de transformação digital utilizadas no atendimento ao consumidor, estão soluções em meios de pagamento (94%) e análises de dados no ambiente online (77%). Soluções em logística (51%) é destacada como principal ferramenta de implementação nos próximos 12 meses.

Eduardo Terra, presidente da SBVC, comenta que as conclusões são sugerem uma maturidade da transformação digital nas empresas. “Num momento em que mudança cultural e de comportamento vieram e continuam vindo à tona com a crise do Covid-19. As empresas estão precisando ser muito ágeis, trabalhar em squads, times horizontais, atuar remotamente e usar tecnologia para vencer os desafios e continuar operando”, afirma.

Para a avaliação, as empresas ouvidas foram divididas por faturamento: 33% delas tinham faturamento até R$500 milhões; 19% com faturamento entre R$500 mil e R$1 bilhão e 48% com faturamento acima de R$1 bi. Elas representam players do mercado, de 10 segmentos do varejo, como moda, calçados e artigos esportivos, super, hiper, atacarejo e conveniência, lojas de departamento, artigos do lar e mercadorias em geral, drogarias e perfumarias, foodservice, livrarias e papelarias, eletromóveis, material de construção, óticas, jóias, bolsas e acessórios e outros segmentos. O estudo está disponível no site.