Alê Oliveira

Boa parte da sabedoria popular brasileira costuma afirmar que o ano em nosso país só começa após o Carnaval. Como as festas de Momo este ano caíram em março (com exceção dos “esquentas” que em São Paulo, por exemplo, tiveram maior força que o próprio Carnaval), os diversos mercados esperaram mais um pouco para testar a voz do povo.

 A partir desta semana, porém, a economia retoma os seus afazeres, enfrentando o desafio de novamente fazer o país andar, no que acreditamos piamente. Os sinais para isso já estão sendo dados desde a troca de comando dos governos federal e estaduais, ficando claro que, mais do que podem proporcionar, há uma movimentação geral em direção à melhora dos índices econômicos.

 O fator Venezuela, tão perto de nós, reforça a tese do desenvolvimento, com a sua demonstração agora de forma inequívoca de que fora da democracia e do empreendedorismo não há solução possível para o verdadeiro progresso de uma nação.

 A bem da verdade, nem precisaria esse exemplo recente e tão próximo do nosso país, com ele fazendo fronteira na região amazônica, para nos convencermos de que o socialismo é ótimo para o topo da pirâmide e só. Os demais têm de aguentar firme o peso das lideranças, sendo não raro forçados a bater palmas para evitar o pior.

 A simples leitura dos jornais nestes últimos dias, em suas versões impressas e online, traz revelações de estarrecer a respeito de “subornos brasileiros em contas secretas (que) abasteceram (o) governo de Hugo Chávez”, conforme manchete do blog do UOL captada na tarde da última sexta-feira (1º de março).

Trata-se de uma rotina nesses governos com ideologias contrárias à essência dos ideais democráticos. Em vista disso, suas deposições repetem a mesma rotina: o povo, saturado e empobrecido, defrontando-se com a falta de gêneros de primeira necessidade e de assistência médico-hospitalar, rebela-se repetindo versões anteriores em outros países, conseguindo vez ou outra derrubar seus tiranos.

Voltando ao Brasil, chegamos a ficar muito próximos de uma virada “à la gauche”, que acabaria desembocando em regime de força, sem a ternura das promessas de suas lideranças, que para conquistar o poder portam-se como grandes benfeitores da humanidade.

Dessa ameaça recentemente nos livramos e a demonstração de que tão cedo ela não voltará a nos fustigar pode-se claramente perceber na confiança que investidores de nações verdadeiramente democráticas, cuja longa história garante a permanência das suas raízes políticas, têm dedicado ao nosso país.

Nesse quadro a cada dia mais favorável ao retorno dos nossos largos períodos democráticos, a atividade publicitária tem sido uma das chaves mestras, estimulando o desenvolvimento dos nossos diversos segmentos econômicos, baluartes da verdadeira democracia e do conceito de pátria livre.

 

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Diretores, funcionários e colaboradores da RedeTV! exultaram na noite da última quarta-feira (27), quando a disputa por pênaltis do confronto entre o Racing da Argentina e o Corinthians, com chamada na Globo, que todavia não estava transmitindo esse jogo (a Globo acabara de transmitir Palmeiras X Ituano), ofereceu à RedeTV! a liderança de audiência por 14 minutos, segundo o Ibope. 

A bem da verdade, coube à RedeTV! o terceiro lugar durante toda a transmissão, mas os 14 minutos de liderança desta foram intensamente comemorados pela equipe da emissora, que assinou inclusive um anúncio do feito nos jornais do dia seguinte. O esforço da RedeTV! para obter os direitos de transmissão do jogo diretamente de Buenos Aires foi muito bem recompensado, lembrando a antiga e sempre atual lição de que o possível se faz logo e o impossível demora um pouco mais.

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Bem a propósito dessa vitória da RedeTV!, ainda que por pouco tempo, recomenda-se aos leitores participarem do evento Marketing de Engajamento: Em busca da audiência perdida, criação e coordenação da BBL, sob responsabilidade de Walter Longo.

Uma das bases de sustentação da apresentação do evento reside na mais recente preocupação do meio: a disputa não é mais por audiência e sim por atenção. Um jogo mágico de palavras que faz todo sentido. O evento será realizado na manhã do próximo dia 26, no Cubo Itaú (Vila Olímpia – SP).

 

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Instigante nossa matéria de capa desta edição do PROPMARK, comemorando o Dia da Mulher. A Redação reconhece que o domínio ainda é do homem, mas comemora o fato de o futuro ser promissor para elas em tecnologia. Na oportuna lembrança da matemática inglesa Ada Lovelace, que em 1842 escreveu o primeiro algoritmo para ser lido por uma máquina, pode residir a força (ainda oculta) do disparo que dará início a uma corrida com final transformador.

 

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A saída de André Paes de Barros (André PB) da JWT surpreendeu seus amigos e admiradores da sua capacidade de empreender, como demonstrara nos 12 anos que passou em uma das diretorias da agência Loducca. Ele deixa o mercado publicitário para assumir lugar de destaque em um time de experts em finanças, sob a liderança de Luiz Fernando Figueiredo e com a missão de fundarem uma fintech. 

O principal objetivo do novo empreendimento reside no propósito de ajudar as pessoas a alcançarem seus objetivos financeiros de uma maneira mais humana e mais flexível. “Diferente do que é feito hoje”, lembra André PB.

 

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A cidade fictícia de Serro Azul, da novela O Sétimo Guardião, comemorou como gol do Brasil em uma final de Copa de Mundo da FIFA a atenção da Vivo em proporcionar o acesso à web pelos seus habitantes. Estes aos gritos e saudações à Vivo completaram um quadro perfeito de merchandising em parceria com a Globo.

A ação foi idealizada pela Africa, chegando a emocionar os telespectadores de verdade da novela das nove quando a “população” de Serro Azul explodiu de alegria e soltou balões de gás coloridos, inundando a tela dos receptores.

 

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João Faria, da Agência Cidadã, iniciará em breve na TV Cultura (Cultura Digital) o programa Marcas & Cidadania, que, segundo ele, se diferenciará dos demais existentes sobre a comunicação comercial.

 

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Da leitora Ana Nobre, marketing director Brazil da Teads: “O editorial do PROPMARK da semana retrasada não poderia sintetizar melhor minha opinião sobre o episódio infeliz de Donata Meirelles. Parabéns pela lucidez e bom senso, artigos estes sim de luxo nos dias de hoje. Quanto desperdício de tempo, meu Deus!”.

 

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Em expansão, a MullenLowe está presente nesta edição, com abordagem sobre novas contratações na sua criação, mídia e planejamento.

Armando Ferrentini é presidente da Editora Referência, que publica o PROPMARK e as revistas Marketing e Propaganda (aferrentini@editorareferencia.com.br).