A Transparência Internacional apresentou. em São Paulo, o estudo “Transparência em Relatórios Corporativos: as 100 Maiores Empresas e os 10 Maiores Bancos Brasileiros”. Baseada em metodologia global da organização, a pesquisa é a primeira da série “Transparency in Corporate Reporting” (TRAC) realizada com amostra composta exclusivamente por empresas com sede no Brasil. De uma maneira geral, segundo o estudo, o desempenho das maiores empresas do país pode ser considerado ruim, com nota média de 5,7 numa escala de 0 a 10, sendo que o pior setor é o de veículos e peças, com média de 3,5 . 

O TRAC Brasil avalia informações disponibilizadas pelas empresas na internet em três dimensões: suas práticas anticorrupção, sua estrutura organizacional e seus dados financeiros relativos à atuação em outros países.

Confira alguns dados revelados pelo estudo:

• No índice geral, as três empresas mais bem colocadas foram Neoenergia, Votorantim Cimentos e EDP-Energias do Brasil; 

• Nenhuma das cinco primeiras colocadas do índice geral está entre as cinco maiores empresas que atuam no país;

• 48 das 110 empresas não divulgam publicamente compromisso expresso pela alta liderança da companhia com o combate à corrupção;

• O setor de energia elétrica abriga 4 das 10 empresas mais bem colocadas no índice geral, e atinge a média de 7,7, a melhor dentre os segmentos pesquisados;

• 65% foi a nota média das empresas na dimensão que pesquisa compromissos anticorrupção, em uma escala de 0 a 100;

• 48% foi a nota média das companhias na dimensão que avalia a divulgação das estruturas societárias, em uma escala de 0 a 100;

• 3% foi a nota média na dimensão voltada à divulgação de relatórios por país;

• 31% foi a média das 38 subsidiárias de multinacionais estrangeiras na dimensão que avalia a divulgação de estruturas societárias;

• No índice de Multinacionais Brasileiras, a nota foi ainda menor que a do índice geral: 4,4. Esse baixo desempenho está diretamente relacionado à divulgação de relatórios por país de operação. Das 53 empresas neste escopo, 41 receberam nota 0, pois não divulgam informações básicas sobre sua atuação fora do mercado doméstico;

Os resultados completos do estudo podem ser acessados aqui