Xinhua/Marcos Correa/Presidência

O Presidente Jair Bolsonaro (PSL) não deve mais extinguir a Ancine contrariando o que teria dito anteriormente. Após reunião com o Ministro da Cidadania Osmar Terra na tarde desta quinta-feira (18), foi anunciado que a Agência será transferida do Rio de Janeiro para Brasília e o Conselho Nacional de Cinema irá do Ministério da Cidadania para a Casa Civil.

Para Marianna Souza, presidente executiva da Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais (Apro), é preciso ter calma para entender as razões pelas quais Bolsonaro propôs as mudanças. “É um novo governo, nova visão, novas diretrizes e, antes de sairmos atirando ou questionando, é importante entender o que vai acontecer e qual é o objetivo efetivo disso. O que isso vai trazer de efetivo para o setor? Porque hoje, da maneira como está, na pasta da Cidadania, também não é a situação ideal”, diz.

As medidas foram anunciadas após a cerimônia de 200 dias de Bolsonaro à frente do Planalto, em que o Presidente assinou uma série de decretos e revogou decisões de governos anteriores. 

Algumas das produções nacionais que contam com apoio da Ancine são: De Pernas Pro Ar 3, A Parte do Mundo Que Me Pertence, Chorar de Rir e o live action Turma da Mônica – Laços.   

Além dos longas, a premiada animação Irmão do Jorel, primeira produção original do Cartoon Network na América Latina, também conta com apoio da Agência. O desenho, realizado pelo Copa Studio e criado por Juliano Enrico, foi um dos principais campeões dos Prêmios Quirino de Animação Ibero-Americana em abril deste ano na Espanha.

Procurada pelo PROPMARK, a Ancine afirmou que não vai se pronunciar neste momento.