Nesta segunda-feira, 1º de fevereiro, comemora-se o Dia do Publicitário. A data faz referência ao Decreto de Lei nº 57.690, de 1966, instituído com o objetivo principal de regulamentar a profissão. Para celebrar, PROPMARK resolveu colocar profissionais de diferentes gerações frente a frente respondendo à pergunta: “O que é ser publicitário?”. CEOs e líderes dividem as páginas deste especial com estagiários e jovens profissionais.

As definições mostram que a atividade publicitária está cada vez mais viva e diversa. Para alguns, a profissão vai além da criatividade e é ferramenta essencial para fomentar a economia. Para outros, a atividade permite moldar a cultura e ser agente de mudanças. Ser especialista em gente é fundamental para o exercício da comunicação publicitária e, além disso, é preciso ter responsabilidade, segundo as fontes ouvidas. Para os entrevistados, um bom publicitário é eternamente insatisfeito e obcecado criativamente, além de observar o mundo cinza com olhos de aquarela.

Quem entrar na profissão agora, deve esperar uma indústria inteiramente nova e traduzir para o público mensagens capazes de construir marcas que se tornam valiosas. Ser publicitário é sonhar muito alto. É unir subjetividade do olhar pessoal com a objetividade de uma marca. É estar conectado com o mundo ao seu redor, ter consciência de que propaganda é meio e não o fim.

AlmapBBDO

Camilla Massari (Divulgação)

“Ser publicitário é, antes de tudo, gostar de gente. Porque o nosso negócio é feito por pessoas, para pessoas. Ser publicitário é ser um agente protagonista na transformação de marcas e negócios, sendo o principal gerador de valor nesse ecossistema. Porque é a propaganda que faz de uma commoditie, uma grande marca. E, por fim, a propaganda também ajuda a manter uma imprensa livre. Por isso eu digo: ser publicitário é ser um dos pilares fundamentais da democracia.” – Camilla Massari, VP de Atendimento

Mariane Almeida (Divulgação)

“Acho bem simples, só que não. É unir a subjetividade do olhar pessoal com a objetividade de uma marca. Transmutando ideias em produtos ou serviços. Ou seja, é aquela pessoa que entende o valor que cada conversa pode ter, conectando de maneira real a história das marcas e das pessoas, usando da criatividade.” – Mariane Almeida, assistente de arte

Artplan

Antonio Fadiga (Divulgação)

“Comecei como estagiário e evoluí na carreira pelo fato de sempre ter sido curioso e inquieto. Sempre perguntava ao meu superior: como foi a reunião e o que tinha para ser feito.

Comento isso porque, evidentemente, o mercado da comunicação mudou drasticamente do período em que iniciei a profissão. Tudo diferente, menos uma só coisa – exatamente a pergunta dessa matéria: o que é ser publicitário.

Publicitário é ter a consciência de que propaganda é meio e não o fim. Saber que se seu trabalho não gerar resultado ao cliente, será visto como gasto no ano seguinte.

É ter a humildade de saber que as mudanças de agência acontecem por desinteresse da diretoria ou por problemas recorrentes no dia a dia não solucionados. Ser publicitário é gostar de gente e saber lidar com seus colaboradores.

À minha colega estagiária aqui dessa entrevista, só posso dizer: siga essas dicas que costuma dar certo. Boa sorte.” – Antonio Fadiga – CEO da Artplan

Bruna Vieira (Divulgação)

“Atualmente, sou estagiária de publicidade e, nesse período de contato real com a profissão, não consigo descrevê-la sem mencionar a palavra conexão.

Acredito que ser publicitário é estar conectado com o mundo ao seu redor, não de uma forma digital ou na posição de um espectador, mas na vivência de mergulhar na realidade do outro e compreender as particularidades de cada indivíduo na sociedade. É saber que – mesmo no cotidiano movimentado e dinâmico da agência – existem momentos de contemplação em cada entrega bem sucedida. Ser publicitário é entender as diferenças e, então, perceber que somente com o ato da escuta e da união com cada colaborador conseguimos alcançar nossos objetivos.

Um Feliz dia do Publicitário a todos os colegas de profissão!” – Bruna Vieira – Estagiária de Direção de Arte da Artplan

BETC/Havas

Daniel Jotta (Divulgação)

“Essa é uma pergunta que me faz voltar muito no tempo, e contar a história de como escolhi ser publicitário. Meu pai era publicitário e, quando garoto, sempre tive muita admiração por tudo o que ele fazia. Era a época ‘Mad Men’ e é claro que, além do estilo de vida, a admiração também era em ver como se construíam as marcas, com entretenimento e com os resultados de negócios. Acompanhar tudo isso me fez decidir ser publicitário com 12 anos. Não pensei em outra profissão desde então, e atuo com essa paixão pela profissão diariamente. De lá para cá muita, em todos esses anos, muita coisa se passou, nossa profissão mudou e evoluiu muito. Mas o que não mudou é o poder de construirmos marcas que se tornam valiosas, tornando-se referência na vida dos consumidores e trazendo resultados de negócios diferenciados. E, claro, sempre entretendo as pessoas de uma forma criativa. Hoje, por meio da tecnologia e dos dados, todo esse trabalho possui muito mais informações e assertividade junto a diferentes públicos e pontos de contato. Porém, uma grande ideia, com criatividade e entretenimento, continua a fazer toda diferença, tanto no posicionamento de uma marca quanto no seu valor de mercado. Ser publicitário é saber que podemos construir uma marca e sua história, fazer diferença para as pessoas, caindo no gosto popular, e consequentemente trazer resultados aos negócios… Exatamente nessa ordem.” – Daniel Jotta, general manager da BETC/Havas

Giulia Ferrarezi (Divulgação)

“Trabalhar com propaganda é algo que mudou muito na minha cabeça, ao longo dos anos. Muitas vezes a gente se questiona se está fazendo a coisa certa ou se estamos fazendo tudo errado. O trabalho criativo deixa a gente desconfortável, porque não dá pra ter uma ideia legal sem ficar cutucando a própria cabeça. Ser publicitária é sonhar muito alto, e às vezes ter que por os pés no chão, mas também se emocionar igual a uma mãe coruja com o filho nascendo. É mudar o jeito que as pessoas consomem e enxergam as marcas, dar voz às nossas causas, inspirar pessoas através da criatividade, mas também não deixar o ego subir à cabeça… Afinal, é só propaganda.” – Giulia Ferrarezi, diretora de arte júnior na BETC/Havas

DPZ&T

Eduardo Simon (Divulgação)

“Mais do que nunca, um bom publicitário precisa se reinventar constantemente, porque é um segmento que precisa e vem passando por uma transformação muito intensa numa combinação entre criatividade, uso de dados e tecnologia. Devemos proporcionar um diagnóstico para os problemas dos clientes e as ferramentas necessárias para solucioná-los, independente de qual sejam. Além disso, quem estiver ingressando agora na propaganda precisa saber que fará parte de uma indústria inteiramente nova e é fundamental entender quais são os modelos de negócios das agências, afinal as transformações no mercado continuarão muito rápidas, impactando também as futuras gerações.“ – Eduardo Simon, CEO da DPZ&T

Julia Mele (Divulgação)

“É ter um olhar voltado para as infinitas possibilidades. É saber comunicar, traduzir, transformar e estar sempre em busca de novos desafios, novas ideias e inspirações. Quanto à minha experiência na criação, percebo que os publicitários devem estar sempre antenados e indo um pouco além.” – Julia Mele, Assistente de Arte da DPZ&T

FCB

Anna Martha (Divulgação)

“Ser publicitária, para mim, é ser apaixonada por cultura, comportamento e comunicação. É sobre olhar para o mundo e procurar formas criativas e relevantes de desenvolver conversas. Tendo sempre em mente a responsabilidade que a gente carrega a cada mensagem, a cada diálogo que travamos entre marcas e pessoas, pois somos parte formadora das referências, dos padrões e das tendências culturais da sociedade.” – Anna Martha, ECD da FCB Brasil

Liandra Monteiro (Divulgação)

“Para mim, ser publicitária já carrega automaticamente todo aquele papo de ser criativa e descontraída. Mas, além disso, principalmente o de ter responsabilidade. Nossa área é uma geradora de tendências e necessidades, o que significa ter uma ferramenta poderosíssima em mãos que precisa ser usada com responsabilidade. Em um momento como esse de muita atenção para os assuntos de autoestima e pressão estética, como publicitárias, temos a missão de fazer a coisa certa dessa vez, e impedir que a publicidade volte a ser palco de padrões inalcançáveis e irreais.” – Liandra Monteiro, assistente de programação.

Leo Burnett Tailor Made

Marcelo Reis (Divulgação)

“É ser um pouco Cobra Kai e um pouco Miyagi-Do. Ser eternamente insatisfeito e obcecado criativamente, mas ter bom senso para saber que é negócio, não arte. É ter raiva de ideia ruim ou repetida, mas ser apaixonado por projetos inteligentes. É gostar de comemorar as vitórias e sentir orgulho do seu time, mas exercitar diariamente a autocrítica, a resiliência e o desempertigamento (amei essa palavra, vou usar mais). É não ter misericórdia com sua autoexigência, mas ter respeito irrestrito por todas as outras pessoas. É não ter medo de se reinventar sociotecnologicamente, mas se aprofundar no comportamento, na cultura e nos propósitos humanos. Um mercado saudável não é formado por senseis agressivos inseguros, nem por falsos bonzinhos e pseudoengajados. Quem deseja ser um publicitário bem-sucedido, contemporâneo e ético segue o caminho do meio, como tudo na vida. Oss!” – Marcelo Reis, Co-CEO e CCO da Leo Burnett Tailor Made

Luiz Gutierre (Divulgação)

“Ser você mesmo, se reconhecer no próximo e como o próximo. Ter a capacidade de observar o mundo cinza com olhos de aquarela, de enxergar nas diferenças oportunidades de novas visões, de se alimentar do não semelhante para abrir as ideias, trazendo sempre inovação e modernidade para a rotina. A mistura de conceitos, princípios e valores em um mesmo job, com respeito e muita consideração… Acredito que isso é ser um bom publicitário!” – Luiz Gutierre – Estagiário de mídia da Leo Burnett Tailor Made

Lew’Lara\TBWA

Marcia Esteves (Divulgação)

“Tenho muito orgulho de ser publicitária. Trabalhar com comunicação e criatividade, em um país que é um dos líderes globais no assunto e destaque no mercado global de publicidade, é uma paixão e também uma baita responsabilidade. A propaganda brasileira gera empregos e negócios, apoiando a economia do nosso país. Tudo o que fazemos é desenvolvido por pessoas e para pessoas, sempre colocando a criatividade no centro, para promover a conexão relevante entre empresas, marcas e pessoas. Sou muito feliz em ter o privilégio de atuar neste mercado.” – Marcia Esteves – CEO & Partner da Lew’Lara\TBWA

Barbara Alves (Divulgação)

“Ser publicitário é se conectar com pessoas. Não existe publicidade sem público e por isso entender o comportamento humano é fundamental para estruturar uma boa propaganda. Saber escutar demandas sociais; novos formatos; comportamentos; e tendências, é o nosso dever, para que dessa forma, a publicidade consiga realizar uma ponte entre marcas e pessoas, por meio de valores, histórias e emoções”. – Barbara Alves – Assistente de Conteúdo da Lew’Lara\TBWA

Publicis

Eduardo Lorenzi (Divulgação)

“Ser publicitário é ser um especialista em gente. É buscar se aprofundar diariamente nas diferentes realidades e hábitos das pessoas e trazer essas informações para um trabalho assertivo das marcas. É pensar na comunicação como uma ferramenta de aceleração de negócios e transformação da sociedade e na agência como uma plataforma criativa, que reúne diferentes disciplinas e dados em nome de grandes ideias.” – Eduardo Lorenzi, CEO da Publicis.

Audrey Palhares (Divulgação)

“Ser publicitária é carregar consigo o senso da mudança. Todos os dias, unimos criatividade e muita estratégia para balançar as coisas, sejam as percepções de uma nova sociedade ou as de uma marca. Temos o poder de reconstruir e a responsabilidade de reformular. Cada novo job é um desafio para fazer diferente.” – Audrey Palhares, estagiária da Publicis.

Talent Marcel

João Livi (Divulgação)

“Ser publicitário é prestar uma grande contribuição para o dinamismo da economia e para o crescimento de marcas, especialmente aquelas que tem um compromisso com a qualidade, com o serviço, com o atendimento das necessidades dos públicos, que vão sempre encontrar na publicidade um jeito de chegar para milhões de pessoas com as suas propostas, seus produtos e seus serviços.” – João Livi, CEO da Talent Marcel

Katiane Souza (Divulgação)

“Lembro que quando entrei na faculdade, a primeira coisa que relacionavam ao publicitário era a criatividade. Mas, hoje, eu entendo que ser publicitário vai muito além da criatividade. É sobre formar e fortalecer a imagem da marca como um todo. É sobre estar antenado às novidades, buscar e saber usar tendências. É sobre entender os consumidores para criar uma comunicação de relevância, que entretenha, mas que também seja comprometida com as pessoas e com responsabilidade social. A nossa profissão é sobre criar influência por meio da comunicação.” – Katiane Souza, assistente de Planejamento da Talent Marcel

WMcCann

Kevin Zung (Divulgação)

“A publicidade tem a capacidade de moldar a cultura. Cada vez mais, as empresas, e não apenas os governos, são capazes de interferir positivamente na sociedade. E a publicidade é parte importante desta engrenagem. A questão crucial da nossa profissão é ultrapassar o propósito de vender um produto e ajudar as marcas a terem um papel significativo na vida das pessoas. E nesta era fascinante que estamos vivendo, o uso intensivo dos dados, a tecnologia e a criatividade nos guiam e nos auxiliam nesta missão.” – Kevin Zung, COO da WMcCann

Beatriz Lopes (Divulgação)

“Ser publicitária é ser agente de mudança. É entender que, além de estratégias, é necessário trazer reflexão e propósitos, ampliando e construindo novas visões de mundo a partir de estudos, pesquisas e o repertório individual de cada publicitário. Sempre enxerguei na publicidade um espaço aberto e livre, em que tudo se cria, se inova e tem uma possibilidade de se reinventar. Por isso, acredito que o publicitário tem um papel fundamental na construção do imaginário social e que se intensifica por estar atrelado ao contexto social. Nesta pandemia, em que toda a sociedade foi submetida a se reinventar e lidar com o novo, consegui identificar nitidamente que o publicitário tem essa possibilidade de ampliar visões e conectar marcas com estratégias e propósitos como objeto de transformação.” – Beatriz Lopes – Assistente de criação da WMcCann