A comunicação é uma ciência social que caminha de mãos dadas com a tecnologia. A cada avanço tecnológico, marcas e comunicadores precisam se adaptar às novas formas de trabalho para atingir seu público-alvo. Em uma sociedade 2.0 – ou 4.0, como defende Philip Kotler -, o poder da comunicação boca a boca se fortaleceu como técnica publicitária ainda mais com a chegada das redes sociais.

Do consumo de conteúdo via mídia tradicional (TV, rádio, jornal e revista), passando pelo advento da internet até chegar às redes sociais, é cada vez maior a busca pelas opiniões das pessoas sobre os mais diferentes produtos e serviços.  Hoje em dia é mais do que comum encontrar consumidores em busca de indicações nas redes sociais antes de realizar uma compra. E é nesse ambiente que estão inseridos os microinfluenciadores. Estima-se que há mais de 205 mil no Brasil e esse número só tende a aumentar no próximo ano.

Os líderes da Be On Spot, plataforma que integra marcas e influenciadores, destacam bem a evolução desse universo – a qual particularmente concordo -, que iniciou com o boom das ações publicitárias das marcas utilizando celebridades, ganhou força com os influenciadores nativos do digital e conquistou a diversidade necessária, nos últimos anos, com os microinfluenciadores. E isso potencializado pela tecnologia. Diante dessa nova dinâmica entre anunciantes, influenciadores e a tecnologia, é importante valorizar uma relação mais humanizada.

Muitos microinfluenciadores se destacam em um determinado nicho de mercado devido às suas opiniões e ao conteúdo de qualidade oferecido aos seus seguidores. Oferecendo uma maior capacidade de interação e um nível de envolvimento elevado entre profissional e seu público-alvo, além de garantir um custo mais baixo em suas ações. Por essa razão, os microinfluenciadores se tornaram peças essenciais para marcas e empreendedores que buscam um resultado eficaz e assertivo em suas ações de marketing.

Um levantamento recente revela que os microinfluenciadores já proporcionam cinco vezes mais engajamento e influência em seus seguidores do que celebridades tradicionais.

Sendo assim, quando uma marca opta por fazer uma parceria com microinfluenciadores garante mais relevância, autenticidade e credibilidade na comunicação, uma vez que os microinfluenciadores são as fontes mais confiáveis de uma comunidade online.

Desse modo, se uma marca deseja atingir seu público-alvo de forma mais assertiva, o primeiro passo é identificar o microinfluenciador que é autoridade nessa categoria. Em segundo lugar, entender que a tecnologia é sua aliada, não só na promoção de seu produto por meio das plataformas digitais, mas também na automatização das diversas etapas do processo publicitário como: identificar os microinfluenciadores, alertar sobre novas postagens, gerar relatórios de acompanhamento ou manter um diálogo personalizado com o consumidor.

É possível otimizar o processo publicitário online com diferentes plataformas de tecnologia para marketing alimentadas pelo big data. O sucesso da publicidade em tempos 2.0 é a combinação de grandes ideias, canais de comunicação eficientes e plataformas adequadas de tecnologia para marketing.

Laurent Djoulizibaritch é head da City Ads para América Latina