O tempo em que era tolerados abusos na indústria cinematográfica acabou. Esse tem sido o discurso do movimento Time’s Up, que desde janeiro deste ano tem mobilizado grandes personalidades de Hollywood em favor da igualdade de gêneros e mais respeito no mercado do entretenimento.

O movimento ganhou corpo e ampla visibilidade com apoio de ações realizadas em grandes eventos, como o Oscar, e, a partir de agora, conta também com parceria de mais uma força nessa equação: o mercado publicitário.

A chegada foi anunciada em carta aberta publicada no site Time´s Up Advertising por um grupo sênior de líderes formado por Wendy Clark, CEO da DDB Worldwide; Colleen DeCourcy, CCO global da Wieden & Kennedy; Kirsten Flanik, CEO da BBDO Nova York; Chloe Gottlieb, CCO da R/GA CCO; e Carla Serrano, CEO da Publicis Nova York.

A missão do projeto é orientar novas políticas, práticas, decisões e ações tangíveis que tragam mais equilíbrio, diversidade e multiplicidade na liderança das agências mundo afora. O grupo pretende ainda contribuir para um ambiente corporativo livre de discriminações, abusos e assédios, tornando agências um ambiente seguro e equilibrado para receber os diversos perfis de colaboradores.

Na carta, as executivas reconhecem a responsabilidade que sua posição lhe traz e como sua liderança pode conduzir a uma situação mais favorável, sobretudo, para as mulheres que atuam na publicidade.

“Como mulheres em posição de liderança, nós concordamos que temos o poder para mudar esse negócio que amamos até que ele se pareça mais com um mercado em que gostaríamos de liderar. Como líderes, cabe a nós fmentar um ambiente de trabalho em que as pessoas são desafiadas, porém respeitadas. Assédio sexual não é ok. Nunca. Não há exceções”.

Como medida imediata de ação, o Time’s Up Advertising vai promover um encontro no dia 14 de maio em Nova York, Los Angeles e Chicago e convida as mulheres da indústria a comparecerem. Um fórum na internet para debater temas importantes a causa também foi criado e hospedado no site do movimento.

E para finalizar, o projeto também criou um financiamento coletivo online para ser destinado ao fundo que custeará serviços legais para vítimas de assédio no ambiente corporativo.

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