O mundo mudou, e o comportamento de consumo também. Antes, tínhamos uma receita de bolo para seguir: desenvolver um bom produto, investir em mídia, criar uma campanha – destacando seus diferenciais – e, como resultado, alcançar o sucesso da marca. Certo? Não exatamente. As empresas exponenciais, tais como Uber, Airbnb, Netflix, Spotify e Netflix, estão aí para mostrar que o cenário mudou. Mas o que essas marcas têm em comum?

Elas nos mostram que houve claramente uma alteração no comportamento e, consequentemente, no consumo. O consumidor está mais exigente e detém mais informações. E as empresas que têm o cliente no centro de suas decisões estão transformando a forma de se relacionar e oferecer produtos e serviços. O surgimento das startups reforça esta nova receita: empresas que surgem em resposta às necessidades do consumidor se posicionam com simplicidade, oferecem uma entrega surpreendente e constroem uma nova forma de se relacionar. Ou seja, trazem modelos disruptivos. Quando experimentados, se tornam essenciais para grande parte das pessoas e transformam os modelos de atuação das companhias, o que torna ainda mais desafiador o trabalho das empresas ditas tradicionais.

Um estudo recente da Brand Finance divulgou as 10 marcas mais valiosas do mundo em 2017: Google, Apple, Amazon, AT&T, Microsoft, Samsung, Verizon, Walmart, Facebook e ICBC. Outra pesquisa conduzida pelo Wall Street Journal, em conjunto com a Dow Jones VentureSourc, identificou as 10 startups mais valiosas do mundo: Xiaomi, Uber, Palantir, Snapchat, SpaceX, Pinterest, Flipkart, Airbnb, Dropbox e Theranos.

Diante desses modelos disruptivos, identificamos que grande parte das startups conquistou presença global em menos de cinco anos. Dados da consultoria Kantar revelam que as 60 marcas mais valiosas do Brasil juntas representam US$ 53 bilhões em valor de mercado, enquanto que o Uber, sozinho, vale US$ 62 bilhões.

Fica aqui uma reflexão: as empresas que colocam o cliente no centro de suas decisões, buscando simplicidade no atendimento, se destacam em meio a um mercado tão concorrido e transformador.

Flavia Altheman é diretora superintendente executiva de negócios da GetNet