O mercado publicitário brasileiro movimentou R$ 134 bilhões em compra de mídia no ano de 2017 (sem considerar descontos), de acordo com o Kantar Ibope Media. O número representa um ligeiro aumento em relação aos R$ 129,9 bi de 2016. A TV aberta concentrou 53,6% dos investimentos e, pelo 16º ano consecutivo, a Y&R foi a agência que mais comprou mídia, com faturamento bruto de R$ 3,962 bilhões, menos que no ano de 2016. Segundo o executivo Marcos Quintela, presidente do Newcomm, a performance negativa da Y&R está atrelada à perda da conta do Bradesco, à retração dos investimentos em comunicação do setor de varejo e à conjuntura econômica. 

Se no lado de negócios o mercado enfrenta desafios, na criatividade, o Brasil continua forte como sempre. O ranking anual The Gunn 100 colocou a AlmapBBDO no topo na lista de Top Agencies, seguida pela BBDO New York e Dentsu. A lista considera os prêmios dos principais festivais publicitários do mundo. No Top Campaigns, uma das cinco campanhas mais premiadas foi da agência: “Endless Possibilities”, para Getty Images. 

Outro importante reconhecimento às agências do mundo, o A-List, do AdAge, divulgou as melhores do ano.  A Wieden+Kennedy encabença a lista, seguida por McCann e VML.  A David, de Miami, foi a vencedora na categoria Agency Innovator.

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Faleceu neste domingo (18) o publicitário Altino João de Barros, um dos nomes mais importantes e respeitados da mídia brasileira. O profissional desenvolveu toda sua carreira na McCann (hoje WMcCann) e dava expediente na agência há até bem pouco tempo.  Também foi um dos pioneiros na criação e consolidação da ESPM, da qual foi conselheiro associado. 

Um artigo  no  PROPMARK dá um pouco da temperatura do principal festival da publicidade mundial: o Cannes Lions. Jurado do evento no ano passado, na categoria PR Lions, Gabriel Araújo deixou a agência Ketchum e seu braço criativo Little George. Deve anunciar novidades profissionais em breve.

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O marketing de conteúdo ganha relevância no mercado. De acordo com pesquisa do Content Marketing Institute (CMI) com cerca de 400 anunciantes dos Estados Unidos, a grande maioria dos clientes, 92%, afirma que sua empresa valoriza esse tipo de comunicação como um “business asset”. O estudo foi um dos temas da matéria de capa do PROPMARK  de 12/02.  Da mesma forma,  um levantamento da Awin, rede de afiliação, revelou que a produção de conteúdo em plataformas como blogs e Facebook representa 20% de todas as ações realizadas pelas marcas. Um artigo mostrou a importância de saber contar boas histórias. “profissionais poderão conhecer as histórias que são contadas ali dentro da empresa, encontrar potenciais personagens, assimilar os valores da companhia e criar histórias autênticas e únicas associadas à marca”, afirma André Castilho. Por fim,  a brasileira Patrícia Weiss, chairwoman da Branded Content Marketing Association (BCMA) South America, foi convidada para o júri deste ano  do International Festival of Creativity Dubai Lynx, na categoria Branded Entertainment.

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Na publicidade digital, o Google anunciou que irá bloquear anúncios considerados desrespeitosos em seu navegador Chrome. Paralelamente, cresce a pressão de anunciantes como a Unilever, que afirmou que pode retirar investimentos globais de publicidade no Facebook e Google, caso os gigantes digitais não se comprometam a combater as fake news, publicações de ódio e conteúdo tóxico dirigido a crianças. “A Unilever, como anunciante respeitado, não quer anunciar em plataformas que não deem uma contribuição positiva para a sociedade”, disse Keith Weed, líder global de marketing do anunciante.

Outro grande anunciante, a Mercedes-Benz escolheu o Publicis Groupe como rede global e agência digital. O contrato com a BBDO se encerra em 30 de junho. Em comunicado interno obtido pelo PROPMARK, Arthur Sadoun, CEO do Publicis, disse que o acordo é o maior pitch da indústria nos últimos 18 meses e uma das conquistas mais significantes da  empresa.

O Jornal do Brasil impresso voltará a ser publicado ainda neste mês, no dia 25/02, pelas mãos do empresário mineiro Omar Resende Peres. “Catito”, como é conhecido, anunciou a compra do JB em fevereiro do ano passado, das mãos do empresário Nelson Tanure. Outra boa notícia para a mídia impressa carioca:  o tradicionalíssimo Jornal do Commercio também pode voltar a circular em papel. O empresário Pedro Grossi negocia a compra dos direitos com os herdeiros da massa falida, segundo a coluna Radar, de Mauricio Lima, na Veja.

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