Por isso não provoque, é cor de rosa choque! O refrão da famosa canção de Rita Lee é uma espécie de libelo para o movimento Outubro Rosa, que chama a atenção das mulheres para o exame regular das mamas. Com um simples toque, o autoexame se materializa. E para estimular a conscientização sobre esse problema, marcas, produtos e serviços estão destinando recursos a organizações que se dedicam à disseminação de práticas preventivas. 

Este ano, porém, num vídeo com os seios desnudos, a supercampeã de tênis Serena Williams emprestou a sensibilidade ao mês de conscientização do câncer mamário.

Ela postou na sua conta no Instagram um filmete de 30 segundos cantando I Touch Myself (Eu mesma me toco), sucesso dos anos 1990 da banda The Divinyls. A mensagem bombou!
A Fundação Laço Rosa, âncora do projeto, está com a campanha Sonoridade rosa, criada pela F/Nazca Saatchi & Saatchi que estimula a união de mulheres em torno do objetivo comum. Para integrar a irmandade, basta entrar no site fundacaolacorosa.com/sororidaderosa, adotar o sobrenome Rosa, fazer uma contribuição e baixar um RG ilustrado para ser usado nas redes sociais.

A Laço Rosa vai promover ações durante o ano de 2019, além de eleger as quartas-feiras para enfatizar o movimento Quarta Rosa, até o fim de outubro. “O movimento Outubro Rosa é, sem dúvida nenhuma, uma iniciativa poderosa na luta contra o câncer de mama, pois joga luz mundialmente sobre o tema. Mas, na prática, a gente luta para mudar essa realidade diariamente”, afirma Marcelle Medeiros, presidente e fundadora da Fundação Laço Rosa. Legitimidade é essencial para que o engajamento à causa faça sentido.

“A importância do Outubro Rosa está diretamente relacionada ao impacto positivo que a conscientização sobre a prevenção, os cuidados e o diagnóstico precoce tem na diminuição do número de mortes por câncer de mama. Claramente o movimento é um caminho concreto contra a doença hoje no Brasil. No entanto, um dos grandes questionamentos são as atuações das marcas que acabam se valendo da causa em suas campanhas e iniciativas de comunicação sem legitimidade, sem coerência e sem responsabilidade real com a causa. É imprescindível que as marcas tenham cada vez mais postura de agente (que age de fato) na hora de se aproximar e promover uma causa, não há mais espaço para oportunismo e muito menos para marcas aventureiras de ações pontuais. O momento agora pede um olhar para a marca de dentro para fora, com plena consciência do seu propósito para que a escolha de uma causa vá muito além do ganho imediato de “imagem de marca consciente”, argumenta Maju Kieling, diretora de planejamento da Tribal.

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A chance de cura do câncer de mama é de 95%. A Azul quer impactar dois milhões de clientes e seus 12 mil tripulantes com a ação Azul é rosa para beneficiar 60 mulheres de todo o país que receberão passagens aéreas para os deslocamentos até as cinco unidades do Hospital do Amor. “Essa é a doença que mais acomete as mulheres no mundo e há grandes chances de cura se detectada precocemente”, comenta Claudia Fernandes, diretora de marketing da Azul.
A Tramontina está disponibilizando para o mercado os cinco mil itens do seu portfólio para marcas usarem em prol do Outubro Rosa, que permitem customização.

A Linea Alimentos está com a ativação Pense rosa, que confere apoio à ONG Orientavida. Já a Femana (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama) está apresentando o aplicativo Mamatch, com o propósito de conectar pessoas que têm ou já tiveram câncer de mama, além de profissionais de saúde e familiares.

A campanha #compartilhesualuta é assinada pela Mestiça. O app foi desenvolvido pela Vee Digital.