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No último sábado (6), durante o festival Lollapalloza, pessoas que trabalharam no carregamento de equipamentos e montagem do festival relataram à Folha de S. Paulo, que receberam R$ 50 por dia, por jornadas de 12 horas.

O valor está abaixo do mínimo permitido no estado, que é de R$ 38,80 para oito horas. Para o período trabalhado por essas pessoas, eles deveriam receber cerca de R$ 68. Diante da repercussão do caso, Ambev e PepsiCo, patrocinadoras do evento, solicitaram esclarecimentos sobre o caso à Time For Fun (TF4), organizadora do Lolla.  

Procurada pelo PROPMARK, a T4F afirmou por meio de nota que “sempre prezou pelo respeito ao público, a seus parceiros comerciais, e, sobretudo, às normas legais aplicáveis para contratação de prestadores de serviços.”

A reportagem da Folha afirma, no entanto, que os trabalhadores com quem conversaram dormem em abrigos para adultos e que “há lugares no entorno desses centros já conhecidos por serem pontos de encontro para o recrutamento de vagas do tipo.”

A T4F por sua vez diz que “para todos os eventos que produz e promove busca contratar prestadores de serviços regulares e especializados, remunerados de acordo com padrões de mercado.”

E complementa afirmando que “a matéria jornalística que trata de possível denúncia pelo Sindicato de Artistas e Técnicos – ‘SATED’ – sobre suposto ‘recrutamento de pessoas em situação de vulnerabilidade na montagem de palcos’ não tem fundamento e nem respaldo probatório. O próprio SATED afirmou na reportagem que sequer fiscalizou previamente as montagens do evento, o que torna a denúncia vazia.”

Procurados pelo PROPMARK,  Bradesco, Next, Vivo e Adidas, que também patrocinaram o evento, afirmaram que não vão comentar o assunto.