Cerca de 40% dos entrevistados ouvidos em uma pesquisa frequentaram entre três e seis festivais em 2018. É o que aponta o Brazil Music Conference (BRMC), conferência da América Latina sobre música eletrônica e entretenimento, que obteve dados de uma análise do Social Wave para entender quem são os públicos dos festivais de música do Brasil. 

Segundo  Cláudio da Rocha Miranda Filho, co-fundador do BRMC, os dados indicam que fidelização a este tipo de evento, “um fenômeno relativamente recente se comparado com as culturas muito consolidadas dos EUA e Europa”.

Apesar de 77% dos entrevistados avaliarem os preços dos ingressos como regulares ou bons, 71% criticam os valores de alimentação e bebidas. Além disso, 70% dos entrevistados preferem os festivais que comportam entre mil e 10 mil pessoas, enquanto somente 6% preferem os festivais com mais de 20 mil pessoas. O fato de que 50% das pessoas vão em grupos com mais de seis pessoas também foi destacado pelo executivo. “Isso mostra que não se trata apenas de um comportamento majoritariamente de grupos, mas de grupos grandes que se formam de acordo com interesses semelhantes, o que sinaliza que o ambiente é propício para reforço de amizades”, conclui.

A pesquisa aponta ainda que 14% do público afirma que compra os ingressos na pré-venda e 23,5%, quando o evento é lançado, enquanto apenas 2,7% diz adquirir os tickets quando impactado por anúncios.

O recorte com os dados faz parte da primeira edição do BRMC Report, compilação em formato digital que reúne dados, análises e tendências. O material será lançado na próxima quarta-feira (3), no evento BRMC Diálogos, e terá periodicidade bimestral.

Este ano, o Brazil Music Conference promoverá debates itinerantes por diversas cidades do Brasil, com uma conferência de 30 de outubro a 2 de novembro, em São Paulo. O evento visa mostrar o potencial da música para diversas indústrias, como a das artes, da moda, do wellness, da tecnologia, do varejo e dos games, entre outros.